segunda-feira, 6 de junho de 2016

DEU NO JORNAL

“A nossa honra de povo livre, os nossos brios de povo independente e nossa própria conservação reclamam, de nós, nesta hora de suprema privações e ignomínias, toda energia e todos os sacrifícios. A terra gloriosa de nossos avós, nossa amada Pátria, outrora invejada pelo estrangeiro como uma das mais felizes do mundo, está transformada em lodaçal. Vede como a perversidade de homens sem patriotismo, sem obediência moral e afeitos ao crime, desfigurou a nossa grandeza, desbaratou a nossa riqueza, na orgia infernal que nos deprime e avilta.
Contemplai a miserável situação em que nos achamos. Fora do país, de bárbaros é a nossa fama. O Governo Brasileiro foi proclamado o mais corrupto da Terra! A União atrasa pagamentos e os Estados já não podem pagar o funcionalismo público e fecham escolas porque o dinheiro do imposto escasseia, enquanto a ganância dos larápios aumenta desmedidamente numa fúria diabólica”
- Isso é que coisa de O Globo, Zéadal.


Este editorial está transcrito no livro A Primeira República, de Edgard Carone, e foi publicado no jornal Correio da Manhã, em 25/08/1902.
Ô País sem jeito, minha gente!

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