sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Reduz-nos apenas a uma das nossas necessidades: o consumo.

Quando de todos os lados lemos e ouvimos críticas ao Capitalismo, encontro em dois homens fortes argumentos de que uma mudança precisa ser feita se queremos que a raça humana continue existindo.
Proudhon (1809-1865), em Pensamento sobre Educação, de Luiza Guimarães (p. 86): “Um governo é um sistema de garantias que deve assegurar a cada indivíduo a instrução, o trabalho, a livre disposição de suas faculdades, o exercício de sua aptidão, o gozo de suas conquistas; assegurará igualmente a todos: ordem, justiça, paz moderação do poder, fidelidade dos funcionários e a dedicação de todos às coisas públicas”.
(para alegrar assunto árido, uma pintura de meu amigo Ney Tecídio, que prefiro chamar Borboletas)


Papa Francisco, na encíclica Alegria de Evangelizar (p. 31): “Uma das causas desta situação [um mundo sem ordem, justiça e paz e cheio de corrupção] está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos pacificamente o seu domínio sobre nós e sobre as nossas sociedades. A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano. Criamos novos ídolos,  uma nova e cruel versão no fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano. A crise mundial, que acomete as finanças e a economia, põe a descoberto, sobretudo, a grave carência de uma orientação antropológica que reduz o ser humano apenas a uma das suas necessidades: o consumo”. 

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