Quando de todos os lados lemos e ouvimos críticas ao
Capitalismo, encontro em dois homens fortes argumentos de que uma mudança
precisa ser feita se queremos que a raça humana continue existindo.
Proudhon (1809-1865), em Pensamento sobre Educação, de Luiza
Guimarães (p. 86): “Um governo é um sistema de garantias que deve assegurar a
cada indivíduo a instrução, o trabalho, a livre disposição de suas faculdades,
o exercício de sua aptidão, o gozo de suas conquistas; assegurará igualmente a
todos: ordem, justiça, paz moderação do poder, fidelidade dos funcionários e a
dedicação de todos às coisas públicas”.
(para alegrar assunto árido, uma pintura de meu amigo Ney Tecídio, que prefiro chamar Borboletas)
Papa Francisco, na encíclica Alegria de Evangelizar (p. 31):
“Uma das causas desta situação [um mundo sem ordem, justiça e paz e cheio de
corrupção] está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos
pacificamente o seu domínio sobre nós e sobre as nossas sociedades. A crise
financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise
antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano. Criamos novos
ídolos, uma nova e cruel versão no
fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo
verdadeiramente humano. A crise mundial, que acomete as finanças e a economia,
põe a descoberto, sobretudo, a grave carência de uma orientação antropológica
que reduz o ser humano apenas a uma das suas necessidades: o consumo”.
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