sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Vamos parar de "reproduzir distinção de classes".

A professora Luiza Paschoeto publicou sua tese de doutorado como livro, Proudhon: Pensamentos sobre Educação. Nele estou aprendendo muito sobre este filósofo anarquista.
(na foto Luiza é a morena)

Na p. 41, li: “A família de Proudhon perdeu seu campo em decorrência de uma hipoteca. Proudhon viu-se obrigado a deixar o colégio”. Tinha 17 anos. Primeiro princípio: com certeza as dificuldades na vida servem para moldar caráteres fortes. 
Daí foi trabalhar “como revisor de publicações teológicas... e adquiriu gosto pelo estudo da Bíblia”. Este é um ponto que gosto de frisar porque também aconteceu comigo. O conhecimento bíblico longe de ‘emburrecer’ nos acrescenta humanidades, noções de justiça e respeito. 
Outra coisa, fico realmente triste quando vejo um trabalhador sem um livro na mão numa hora de folga. Enquanto trabalhava “Proudhon aperfeiçoou o seu latim [aprendia-se noções básicas na escola] e aprendeu hebraico para estudar o Velho Testamento na língua original. Adquiriu gosto pelos estudos de gramática e teologia antes de dedicar-se aos estudos de filosofia e política”.

Neste livro, Luiza mostra a influência boa que este pensador pode dar à educação. Ainda estou no meio do livro, mas estas 3 experiências acho que são básicas para transformar alunos em trabalhadores que pensam e têm princípios de vida sólidos (p. 23): “Separar o ensino da aprendizagem e distinguir educação profissional do exercitar-se para o cotidiano é reproduzir a distinção de classes”. Palavras de Proudhon.     

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