terça-feira, 15 de setembro de 2015

Se há governo, sou contra

Uma nova amiga, Luiza Angélica Paschoeto lança seu livro no Simpósio de Educação na FERP de hoje até dia 17/09. Adquiri seu livro sobre um homem que me causou grande impressão, Pierre-Joseph Proudhon. Houve uma correspondência entre ele, do século XIX, e eu do século XX. Somos ambos anarquistas - e como disse a mulher de Jorge Amado: Graças a Deus.

As contestações de Proudhon foram mais na área do trabalhador, e como a professora Luiza diz em seu livro, Pensamentos sobre Educação, (p. 12): "Para ele a tão esperada transição [revolução na vida do trabalhador] não poderia prescindir de um sólido projeto pedagógico". Diferente dos comunistas [que tentaram se apropriar de sua filosofia] ele presava a família: "Prescrevia para o ambiente doméstico papel de relevo... sem a ascendência do Estado, a criança tomaria contato com as primeiras letras". Para Proudhon, como para mim, 'Se há governo, sou contra'. 
Ele escreveu em 1851 o que estamos vendo hoje: "Sociedade e Governo não podem mais viver juntos, as condições de um sendo subjugar o outro". Veja o PT, em seu projeto de tornar esse partido uma necessidade para o povo criou a aventura do PAC, querendo se fazer presente ao mesmo tempo em cada canto do país. Então empenharam até as cuecas, as nossas. Agora se volta para o trabalhador e diz: você tem de pagar a conta pela burrada que fiz. E tome imposto na cacunda.
No ano seguinte, Proudhon escreveu (p. 16): "a única relação que existe entre governo e o trabalhador é que ao se organizar toma para si a missão de abolir o governo".
Meu anarquismo é mais do tipo 'não sou maria-que-vai-com-as-outras', detesto ser 'vaquinha-de-presépio'. 

O paradoxal, é que em nosso tempo pós-moderno a sociedade se tornou anarquizada e o anarquista, 'nadando contra a corrente', é o bom moço que não segue a manada enlouquecida.

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