“Contava coisas extraordinárias que se passaram nas ruas
de Paris: ‘Vi os marroquinos com seus passos de atleta, os esquadrões de
soldados da cavalaria turca cobertos com capas vermelhas, atiradores da Mauritânia
com turbantes amarelos, senegaleses de rosto negro e barretes vermelhos e
artilheiros das colônias da África, caçadores com seu perfil enérgico. Este
longo desfile de tropas atravessava a capital em direção a Gare del’Est. Eles
chegaram bem a tempo de atacar von Kluck às margens do Marne, ameaça-lo de
cerco e obriga-lo a fugir’”.
Uma descrição da 1ª Guerra Mundial no livro Os Quatro
Cavaleiros do Apocalipse, do romancista argentino Blasco-Ibañes. É bom existir
registros do que aconteceu, porque agora, quando vemos africanos, sírios e
outros buscando refúgio na Europa, podemos tomar uma posição melhor diante de
declarações como a do premier eslovaco no artigo de O Globo, O Maior Desafio de
Merkel: “Rejeitamos com veemência qualquer sistema de cotas. Se este mecanismo
automático for adotado acordaremos um dia com cem mil árabes aqui, e esse é um
problema que não queremos para a Eslováquia”.
Eles puderam vir de suas terras para ajudar a manter a
Europa livre de um governo ditatorial, mas não são bem vindos para morar ali.
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