quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Breve, é possível que eu esteja em Jerusalém.

Agorinha mesmo estava ouvindo palavras que homens e mulheres têm escutado há mais de 2.000 anos:
“Junto aos rios da Babilônia sentamo-nos a chorar, com saudade de Sião. Nos salgueiros que lá existiam, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam para entoar belas canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, exclamando: ‘Entoai-nos algum dos cânticos de Sião!’ Como, porém, haveríamos de cantar as canções do Eterno numa terra estranha? Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se paralise minha mão direita! Pegue-se minha língua ao céu da boca, se não me recordar de ti, Jerusalém”.

Desde 1775 um garoto de cinco anos, sentado numa igreja na França, ouvia vez por outra a leitura deste Salmo, o 137. E a palavra Jerusalém ficou impressa em seus neurônios, como está nos nossos. Esse menino chamava-se Napoleão. Quando ganhou poder político e militar marchou para a Cidade Santa. O livro Jerusalém, diz (p. 398): “Em 19/05/1798, Napoleão Bonaparte, com 28 anos, magro e pálido, cabelo comprido e liso, partiu com 335 navios, 35.000 soldados e 167 cientistas para conquistar o Egito. Numa carta ele descreveu seus pensamentos íntimos: ‘Eu me vi marchando a caminho da Ásia montado num elefante, turbante na cabeça. Quando lerdes esta carta, é possível que eu esteja sobre as ruínas do Templo de Salomão, em Jerusalém'. Em 21/05/1799, com 1.200 soldados mortos e outros 2.300 feridos deixados em Jaffa, Napoleão conduziu a retirada rumo ao Egito”. 

Ele nunca pisou em Jerusalém.

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