sábado, 12 de setembro de 2015

Assim sempre foi, multidões partem em migração.

Durante toda Idade Média os jovens príncipes, tanto no Ocidente quanto no Oriente, aprendiam da Bíblia ou do Corão a sonhar com o título de Rei de Jerusalém. Agora mesmo aprendi que um desses foi Fernando, o rei de Aragão. O livro Jerusalém, diz (p. 377): “Junto com sua esposa Isabel de Castela, conquistara o último principado islâmico na Península Ibérica, Granada. Irradiando confiança após esse triunfo tomaram duas decisões que teriam consequências para a História Mundial. A primeira foi a convocação de um marinheiro de cabelos brancos, um sonhador chamado Cristóvão Colombo. Em abril de 1942 nomearam-no almirante do Mar Oceano”.
O próprio navegador contou como os convenceu: “Eu declarei para Suas Altezas que tudo o que fosse ganho nessa viagem deveria ser gasto na conquista de Jerusalém. Suas Altezas riram e disseram que a ideia lhes agradava”.

O círculo de amigos do qual se cercava devem ter revelado à Colombo o sonho de Fernando: liderar uma cruzada pelo norte da África até a Cidade Santa, toma-la e se proclamar rei de Jerusalém.
- Zé, você falou em duas decisões.

A outra foi a de expulsar os judeus da nova nação, Espanha. Houve uma grande migração para a Palestina. “No mais duro evento judaico desde a destruição do Templo pelos romanos, os judeus sefarditas (oriundos da Europa mediterrânea) chegaram a Terra Santa com muitas mortes pelo caminho. Mas foram bem recebidos pelo sultão Suleiman que via nos judeus uma maneira de impulsionar a economia do seu império”. 
Assim sempre foi, como um imenso rebanho multidões são expulsas de sua terra e partem em migração para novos destinos.  

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