Volta a ser importante um cristão conhecer a cultura e as
intenções dos árabes, o Islã. Assim, fiquei interessado no livro que o amigo
Olímpio me emprestou, O Silêncio das Montanhas, de Khaled Hosseini. Na p 81 um
personagem que é motorista de um casal rico, conversando com a patroa no carro, conta como
é a vida em sua aldeia. Aqui ele fala do mulá, o padre ou pastor de seu
povoado:
“ - Nosso mulá nos ensinou que se olharmos a palma de nossa
mão, qualquer muçulmano, não importa de que lugar do mundo, vai ver algo espantoso.
As linhas formam os algarismos árabes 81 e na outra mão os mesmos invertidos
18. Se subtrairmos dezoito e oitenta e um, o que obtemos? Sessenta e três a idade
em que o Profeta morreu.
A mulher deu um riso abafado no banco traseiro.
-Mas um dia um visitante a nossa aldeia foi visitar o mulá
que lhe contou a mesma história. Mas o homem, disse: ‘Mulá Shekib, com todo
respeito, um dia comparei minha mão com a de um amigo judeu e as linhas eram as
mesmas. Como o senhor explica isso?’ Ele respondeu: ‘Ora, então esse judeu
tinha um coração muçulmano!’
A súbita gargalhada de minha patroa me encantou”.
- O que esta história ensina, professor Zé?
(na foto morro em forma de pirâmide, serra da Mantiqueira, num lindo pedal à Bocaina de Minas)
Primeiro, que os árabes não toleram que cristãos ou judeus
brinquem com suas crenças, mas eles mesmos, entre si, acham humor no fanatismo
deles.
Segundo, é que eles não odeiam quem não pertence ao Islã, mas
que acham fundamental que todos se convertam a fé.
Terceiro, os muçulmanos que querem poder não terão condescendência
com ninguém.
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