terça-feira, 30 de junho de 2015

Se quiser me prender, prenda!

Você que ficou tão emocionado com a aprovação do casamento gay nos EUA e vê como um avanço em nossa boa vontade as paradas do “arco-íris”, peço que leia essas declarações que estudamos hoje à noite no encontro Católicos:

“O livro Dialética do Sexo (1970), de Shulamith Firestone (1945-2012) - sintetizando as ideias de Freud, Marx, Engels e Simone de Beauvouir - analisou profundamente o ideal de uma revolução sexual, demonstrando como ela seria o único detonador possível de uma autêntica revolução social e econômica.
1) é essencial a libertação das mulheres da tirania de sua biologia reprodutiva por todos os meios disponíveis. Libertar as mulheres de sua biologia significa ameaçar a unidade social, que está organizada em torno da sua reprodução biológica e da sujeição das mulheres ao seu destino biológico, a família.
2) a total autodeterminação, incluindo a independência econômica, tanto das mulheres quanto das crianças. Com isso queremos atacar a família em uma frente dupla, contestando aquilo em torno de que ela está organizada: a reprodução das espécies pelas mulheres, e a dependência física das crianças aos pais e educadores. Eliminar estas condições já seria suficiente para destruir a família, que produz a psicologia do poder.
3) A total integração das mulheres e das crianças em todos os níveis da sociedade. Todas aquelas instituições que segregam os sexos ou separam as crianças da sociedade adulta, por exemplo, a escola elementar, devem ser destruídas. Assim, com as distinções culturais entre homens e mulheres e entre adultos e crianças sendo destruídas, nós não precisaremos mais da repressão sexual que mantém estas classes diferenciadas, sendo pela primeira vez possível a liberdade sexual “natural”. 
4) liberdade sexual para que todas as mulheres e crianças possam usar a sua sexualidade como quiserem. Em nossa nova sociedade a humanidade poderá finalmente voltar à sua sexualidade natural “polimorfamente diversa”. Serão permitidas e satisfeitas todas as formas de sexualidade. A mente plenamente sexuada tornar-se-ia universal”.

Então, quando você aplaudir a parada gay, por favor, não pense que isso é um adiantamento para a raça humana, será o nosso fim, mano.


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Não terão condescendência com ninguém.

Volta a ser importante um cristão conhecer a cultura e as intenções dos árabes, o Islã. Assim, fiquei interessado no livro que o amigo Olímpio me emprestou, O Silêncio das Montanhas, de Khaled Hosseini. Na p 81 um personagem que é motorista de um casal rico, conversando com a patroa no carro, conta como é a vida em sua aldeia. Aqui ele fala do mulá, o padre ou pastor de seu povoado:
“ - Nosso mulá nos ensinou que se olharmos a palma de nossa mão, qualquer muçulmano, não importa de que lugar do mundo, vai ver algo espantoso. As linhas formam os algarismos árabes 81 e na outra mão os mesmos invertidos 18. Se subtrairmos dezoito e oitenta e um, o que obtemos? Sessenta e três a idade em que o Profeta morreu.
A mulher deu um riso abafado no banco traseiro.
-Mas um dia um visitante a nossa aldeia foi visitar o mulá que lhe contou a mesma história. Mas o homem, disse: ‘Mulá Shekib, com todo respeito, um dia comparei minha mão com a de um amigo judeu e as linhas eram as mesmas. Como o senhor explica isso?’ Ele respondeu: ‘Ora, então esse judeu tinha um coração muçulmano!’
A súbita gargalhada de minha patroa me encantou”.
- O que esta história ensina, professor Zé?
(na foto morro em forma de pirâmide, serra da Mantiqueira, num lindo pedal à Bocaina de Minas)

Primeiro, que os árabes não toleram que cristãos ou judeus brinquem com suas crenças, mas eles mesmos, entre si, acham humor no fanatismo deles.
Segundo, é que eles não odeiam quem não pertence ao Islã, mas que acham fundamental que todos se convertam a fé.

Terceiro, os muçulmanos que querem poder não terão condescendência com ninguém. 


















segunda-feira, 22 de junho de 2015

Diga-me com sinceridade: o mundo está ficando preocupante, para você?

       Acabei de vir de um estudo em um grupo católico, hoje discutimos a Ideologia do Gênero:
Difunde-se cada vez mais a chamada ideologia do gênero ou gender. Porém, nem todas as pessoas disso se apercebem e muitos desconhecem o seu alcance social e cultural. Ela já foi qualificada como verdadeira revolução antropológica. Não se trata apenas de uma simples moda intelectual. Diz respeito antes a um movimento cultural forte com reflexos na compreensão da família, na esfera política e legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente. Esta teoria parte da distinção entre sexo e gênero, forçando a oposição entre natureza e cultura. O sexo assinala a condição natural e biológica da diferença física entre homem e mulher. O gênero baliza a construção histórico-cultural da identidade masculina e feminina. Para entender melhor veja esta célebre frase de Simone de Beauvoir, ‘uma mulher não nasce mulher, torna-se mulher’, a ideologia do gênero considera que somos homens ou mulheres não na base da dimensão biológica em que nascemos, mas nos tornamos tais de acordo com o processo de socialização (da interiorização dos comportamentos, funções e papéis que a sociedade e cultura nos distribui). Papéis que, para esta teoria, são injustos e artificiais. Por conseguinte, o gênero deve sobrepor-se ao sexo e a cultura deve impor-se à natureza”.

Numa entrevista no GloboNews um estudioso do assunto e defensor dessa Ideologia, disse: “É um absurdo quando uma mãe cola uma fita na cabeça da neném que nem cabelo tem. Às crianças não são dadas a oportunidade de escolher quem querem ser, menino ou menina”.

Torno a perguntar: Você não fica preocupado com esta Ideologia, não? 


Sou feliz no que faço?

O filósofo pós-moderno Domenico De Masi diz em seu livro O Futuro do Trabalho:
“As organizações produtivas são fábricas de infelizes porque constrangem os seus dependentes a serem eficientes e competitivos a todo custo. O mundo dos negócios e do trabalho hoje é como uma selva. Toda manhã, na África, uma gazela desperta. Sabe que deverá correr mais depressa que o leão ou será morta. Toda manhã, na África, um leão desperta. Sabe que deverá correr mais do que a gazela ou morrerá de fome. Quando o sol surge, não importa se você é um leão ou uma gazela: é melhor que você comece a correr”.

Desde que surgiu na Terra o ser que pensa percebeu que precisava trabalhar e ser eficiente, senão morreria de fome ou seria devorado por um bicho. Acordar e ter de ir trabalhar é imemorial.
Quando o ciclista sai pedalando pelas roças, bem cedo, já encontra o trabalhador vindo do curral onde tirou leite das vacas, alimentou-as e soltou os bezerros para mamar o resto do leite. A gente para, conversa com ele e vai embora sabendo que o dia de trabalho daquele homem vai até escurecer. Para um advogado, um médico ou um operário sua atividade profissional poderá leva-lo a passar toda noite em claro. O trabalho sempre houve. Mas a infelicidade no trabalho, não. O que está acontecendo agora que está tornando as pessoas depressivas e infelizes? Diz aí!  

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Não se acomodando talvez você descubra o efeito ideal.

Sempre se pode fazer algo de modo diferente. No século XIX – lembra? D. João VI chega em 1808, D. Pedro I diz que fica em 1822, D. Pedro II alcança a maioridade (15 anos) 1840, Princesa Isabel assina a Lei Áurea 1888 – na Europa inventava-se a máquina fotográfica – Joseph Nièpce levou a fama de ter sido o primeiro a fotografar em 1826 – e os pintores de quadros começaram a se mexer para criar novos jeitos de pintar. Edgar Degas descobriu como flagrar um corpo se movimentando.
(Repetição, de 1877)

Acabei de ler um artigo de Vanda Klabin intitulado A Dança de Degas: “Seu desenho faz uma captação ágil de gestos rápidos. Ele intensificou a pesquisa do desenho e aprofundou a relação do movimento no espaço. Ele elimina técnicas clássicas para dar volume e movimento a pintura, como o chiaroscuro. Adota tons luminosos para preencher o espaço dando ritmo e movimento de músculos ao corpo. (Baile de Máscaras)

Ele usou pó de estanho, do alumínio, do ouro e da prata para captar reflexos causados pelo movimento. Além das tintas usou perspectivas distorcidas, pinceladas breves e cortes”.
Ele fez duas séries de pinturas que o notabilizaram: as bailarinas se preparando e treinando e mulheres tomando banho e se penteando. (A Tina, 1885)

Sua técnica faz nossos olhos pular pela tela, focando ora aqui ora ali, o que nos dá a impressão de que as figuras estão se mexendo.

Vanda assim vê essa jovem dançarina: “A pequena bailarina, adolescente, denota uma inquietante modernidade”.

Ainda não inventaram tudo, nem descobriu-se a técnica mais simples e ideal para fazer algo. Então, quem sabe, não se acomodando talvez seja você a descobrir o efeito ideal.   

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Acho que dá para ser santo

Há muito tempo um homem nos fez um desafio dizendo que foi nosso próprio Criador que lançou este repto (Levítico 19:2): “Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. E a gente envolvido com esta vida tão carregada de problemas descartamos este desafio como inalcançável. Pior, é que daí continuamos nesta vida sem sentido: correndo, correndo até chegar a sepultura.
Estou lendo o livro História de uma Alma, são cartas de uma jovem à sua superiora no convento. Desde menina ela decidiu ser freira, sonhava em entrar para o Carmelo, isto é, ser carmelita. De família profundamente cristã ela chegou a pedir ao pai que a levasse a Roma para pedir ao Papa licença para ser aceita no convento antes de completar a maior idade. Na segunda carta ela conta o que refletia vivendo enclausurada:
“Não penseis que nado em consolações, oh não! meu consolo é não ter consolações na terra.
Sem mostrar-se, sem se fazer ouvir, Jesus ensina-me em segredo, vem consolar-me: "Eis o mestre que te dou, ensinar-te-á o que deves fazer. Quero levar-te a ler no livro da vida onde está ciência do amor". A ciência do Amor, oh sim! esta palavra soa doce ao ouvido da minha alma, só desejo essa ciência. Entendo tão bem que só o amor possa nos tornar agradáveis a Deus, que fiz dele o único objeto dos meus desejos. Jesus sente prazer em mostrar-me o único caminho. "Quem for criança, venha cá, pois a misericórdia é dada aos pequenos". Em nome dele, o profeta Isaías revela como o Senhor pensa: "Como alguém que é consolado pela própria mãe, assim eu vos consolarei, sereis levado ao colo, e acariciados sobre os joelhos". Ó madrinha querida! depois de tal linguagem, só resta calar, chorar de gratidão e de amor... Ah! se todas as almas fracas e imperfeitas sentissem o que sente a menor de todas as almas, a alma da vossa Teresinha, nenhuma perderia a esperança de atingir o cimo da montanha do amor, pois Jesus não pede ações grandiosas, apenas o abandono e a gratidão”.

Essa menina tem o nome de Teresinha de Jesus, nasceu em 10 de julho de 1873, morreu jovem e foi declarada Santa. Ela nos ensina que buscar a santidade é viver com amor, com preocupação sincera pelo próximo:
“"Oferece a Deus sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo." Eis, portanto, tudo o que Jesus quer de nós, Ele não precisa das nossas obras, só do nosso amor; esse mesmo Deus que declara não precisar de nossos bens não receou mendigar um pouco de água à samaritana. Ele estava com sede... Mas ao dizer "dê-me de beber", o Criador do universo estava pedindo o amor da sua pobre criatura. Tinha sede de amor ... Ah! sinto-o mais do que nunca, Jesus está sedento, só encontra ingratos e indiferentes entre suas criaturas e nos seus próprios discípulos, encontra poucos corações que se entregam a Ele sem reserva, que compreendem toda a ternura do seu Amor infinito”.

Então, acho que dá para ser santo, é só colocar o amor na frente de tudo que se faz.