quarta-feira, 22 de abril de 2015

Algo muda nossa maneira de ver a vida.

Pode acontecer com qualquer um. É como ganhar algo inesperado. A vida, de repente, deixa de ser a mesmice de sempre. O livro A Serra e o Santuário conta que na cidadezinha de Caeté, Minas Gerais, um construtor de prédios foi tocado por uma irresistível vontade de dedicar o resto de sua vida à devoção ao divino (p.74). “O anacoreta busca a tudo isso realizar até ao limite em que a vida humana possa ai. É uma contemplação que abrindo o caminho para uma experiência mais elevada concede a antevisão do Sagrado, do Misterium Tremendum, tal como viveu Moisés diante da sarça ardente. O místico satura-se dessa realidade paralela em toda sua significação”.


O outro livro que estou lendo concomitantemente, O Segundo Círculo do Poder, diz mais um pouco sobre esta revelação que só alguns recebem (p.200): “A percepção e a consciência são uma unidade única, mas em dois domínios. Percepção é a atenção, a capacidade das pessoas comuns de ter consciência do mundo, da vida cotidiana. É nosso primeiro Círculo do Poder. Consciência é a atenção, a capacidade realmente portentosa que todos nós temos, mas que só alguns utilizam, de ordenar em sua mente o mundo que existe além da matéria. Todos nós estamos continuamente percebendo ambos os mundos, mas preferimos escolher um e isolar e descartar o outro. porém, sob certas condições de tensão as recordações censuradas sobem à tona e mudam nossa maneira de ver a vida”.
Ter coragem e iniciativa de atender à outra visão da vida, aí depende de nós.     

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