mas nas Minas Gerais, no tempo
do garimpo do ouro, saia-se no tapa até por um lugar na procissão. O livro Pardos e Crioulos em Ordens Terceiras diz (p.174): “A disputa em torno da precedência nas procissões
e nas solenidades públicas assumia especial relevância no que respeita ao
prestígio social e à preservação de privilégios”. A coisa chegou a tal ponto
que o príncipe Regente D. João VI, no Brasil, interveio, dizendo: “Deve-se
determinar a preferência que aspira cada confraria, porque indo isto indeciso
sucederá semelhante desordem a que aconteceu na Irmandade de Mulatos do Convento
de Palmas, que por igual motivo vieram às mãos no meio da procissão, havendo
ferimentos com indecência e escândalo”.
Na festa na cidade de Piedade do Rio Grande o privilégio de
carregar o andar é da irmandade negra
e os brancos respeitam esse direito.
Se bem que o branco Zé Adal se intrometeu e pediu para levar o andor de N. Sra.
das Mercês por um bom pedaço.