quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Que será de mim sem você.


Dostoievski em Pobres Gentes conta sobre um amor platônico de leitura cansativa, mas eis que de repente leio um pensamento importante, volto e releio e paro para pensar. Assim são os livros, sempre se encontra neles pelo menos uma frase que nos faz pensar.
"¿Por qué se empeña en irse a vivir entre gente extraña? ¿Sabe usted lo que quiere decir eso de gente extraña? Pues pregúntemelo a mí, que yo..., yo conozco muy bien a los extraños, y
puedo decirle a usted cómo son. Todo ser ajeno es malo".
Todo estranho é mau. Parece uma declaração para afastar as pessoas e criar antagonismo. Mas não é. A moça disse ao homem que pensava em aceitar um emprego numa casa de família, ele então quer tirar isto da cabeça dela.
"Sí, muy malo; tan malo al punto del prójimo martirizarlo con reproches y miradas de enojo. Entre nosotros, por lo menos, disfruta usted de bondad y vive recogida como en un nido".
Uma das minhas netas não consegue conviver com a nova família do pai. Tratam-na mau? Não, mas a convivência é ruim porque falta bondade, uma das facetas do amor, o gostar incondicionalmente.
Acontece, também, de as pessoas numa família se tornarem estranhas uma com as outras. Então, no dia-a-dia tudo aborrece e enoja. a convivência fica horroroza. É tão bom quando se gosta! Como diz o personagem russo: "¿Qué será entonces de mí sin usted?"

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