quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A masoquista cultura de massa



Citando o pensador Theodor Adorno: "A masoquista cultura de massa constitui a manifestação necessária da própria produção onipotente".
Produzir mercadorias tornou-se  a grande necessidade de nosso mundo. No livro Meio Ambiente, mesmo tendo como principal tema este assunto, diz que a produção tem de ser controlada sem diminuir a manufatura de mercadorias.
É evidente que se precisa fazer objetos que atendam aos novos humanos que nascem todos os dias, mas o que ouvem os trabalhadores no "chão das fábricas" é outra coisa: Para manter seus empregos vocês têm de bater nova meta.As metas são sempre maiores do que o aumento da população.
Assim lutando contra as máquinas que engolem  postos de trabalho o operário vive num constante estresse. Na outra ponta o comprador de objetos fabricado precisa ser mantido o tempo todo sob uma estressante pressão psicologica que o induza a adquirir novidades. A roda viva continua. Ficando endividado por adquirir novos produtos o proletário mais depente do emprego que o desgasta tanto. É isto que Adorno chama de "cultura masoquista de massa".
Não se pode fazer nada contra esse círculo vicioso? Podemos. Precisamos dizer não ao desejo de gastar, o contrário do que nos mandou fazer nosso presidente que já foi operário. Também devemos lembrar que a premente necessidade de ter e de fazer está nos mantendo sequestrados. Vigiar, porque estão nos dominando e nos fazendo sofrer. Não podemos gostar dessa situação. Não somos masoquistas e se somos não continuaremos sendo. Com o pé no freio dos gastos vamos escapulindo desta armadilha. 
Fico por aqui, vou trabalhar. Preciso fazer alguém gsstar para que eu possa ganhar o meu. Mas, de leve, venho baixando minhas metas e meus gastos.   

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A lei dos Ciclos.


Diferente das leis judaicas que se tornaram a base dos mandamentos cristãos, e que enfatizam o negativo: não matarás ou não roubarás; as leis herméticas ensinam os motivos profundos por trás de nossas ações. São 7 os princípios antigos. Já falei do Mental, do Vibracional, e dos Opostos, agora consideremos o dos Ciclos.
Todas as coisas seguem um movimento pendular.  Sobe e desce, aumenta e decresce, nasce e morre. Mas como no pêndulo o movimento não pára, torna a subir, aumenta novamente e renasce. O homem de Deus que entende isto, é consciente deste movimento cíclico, pode controlar seus ciclos. Pode diminuir o ritmo da subida e da descida, controlar o aumento e receber com tranqüilidade o decréscimo. Até aceitar a morte como fim da missão proposta e pausa para o recomeço. A vida não termina, eu e você ainda pertencemos ao Todo infinito onde nada se perde e tudo se transforma sempre. Os fluxos e refluxos são inevitáveis, como o TPM na mulher, mas o ser humano espiritualizado não perde as rédeas dos ciclos pelos quais passa. Continua contribuindo para a paz neste vasto mundo criado. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um gesto basta


Roland Barthes, como crítico de arte, fala sobre os gestos dos atores e diz alguma coisa sobre a vida.
"Insistiré una vez más en la estructura intelectual (y no solamente emotiva) del espectáculo. La extracción brusca del colt no significa en modo alguno la muerte, pues desde hace mucho tiempo el uso indica que se trata de una simple amenaza cuyo efecto puede ser revertido milagrosamente: la emergencia del revólver no tiene en este caso un valor trágico, sino únicamente cognitivo; significa la aparición de una nueva peripecia, el gesto es argumentativo y no concretamente aterrador".
Tanto nas artes cênicas quanto na vida real um gesto brusco, diferente do que acontece comumente, ainda não é uma tragédia, mas o que se segue, se a razão não intervir, pode significar a perda de uma vida, e pra isto não tem volta.
"Toda desenvoltura afirma que sólo el silencio es eficaz: olar furiosamente ou levantar la mano, son operaciones que imponen la idea de que la auténtica vida está en el silencio y que el acto tiene derecho de vida o de muerte sobre el tiempo. El espectador posee así la ilusión de un mundo seguro que se modifica sólo bajo la presión de los actos y jamás bajo la presión de las palabras".
Nossos atos, corporificação de um pensamento quiça nem percebido, não pode sair do controle como um cavalo desembestado. Sob nosso comando um gesto pode mudar uma situação e basta.   

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Princípio da Vibração

Ponha isto em sua cabeça: nada está parado, tudo vibra o tempo todo.
A estudiosa Helena Blavatski escreveu em seu livro Isis sem Véu, nos idos de 1870: " Um bloco de pedra é impenetrável. Não obstante suas partículas estão animadas de um movimento vibratório incessante e eterno. Esta matéria sólida, contra toda percepção, é formado de partículas tão distantes entre si como os pingos de chuva. Mas para a ciência física esta idéia é um absurdo".
Esta compreensão era muito diferente do que a física entendia naquela época. Começava-se a perceber as moléculas, mas o átomo era apenas idealizado pelos cientistas mais visionários. O que deu a esta mulher este entendimento foi o estudo dos princípios herméticos, e um deles é o vibratório.Compreenda, uma corda de violão quando é vibrada pelos dedos emiti som. Se fosse percutida com muito mais intensidade não ouviríamos o som mas passaríamos a ver uma cor. Se o movimento fosse amplificado mais ainda ela passaria a emitir radiação na forma de raios X e gama. Mais que isto a corda se desintegraria em átomos. Esta lei muito antiga nos ensina que tudo o que vemos existe em uma forma sutíl. Toda matéria no estado etéreo, vibracinal, está interligada. Entenda isto: apesar de separado de outra pessoa você está em sintonia com ela, para o Bem ou para o Mal. Assim quando se diz que "seu direito termina onde começa o de outro" é um pensamento primitivo. O conceito básico, o axioma, é: seu espaço está contido no de outra pessoa e tudo o que se faz a afeta, e ela sente.
Outra coisa, o milagre é a transmutação de um objeto em algo diferente e isto é possível já que o ouro ou uma lata é formado de átomos compostos das mesmas partículas básicas em intensidades diversas. Para um mestre avançado é completamente possível mudar "água em vinho da melhor qualidade'.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A lei dos Opostos

Os princípios herméticos, diferentes das leis bíblicas, nos leva ao âmago das questões. Mais ou menos como ensinava Jesus quando disse que todos os 10 mandamentos resumiam-se em 2: amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos.
A lei da polaridade, uma das 7 leis antigas, nos avisa que tudo tem o seu oposto. Sendo idênticos em natureza diferem em grau. O calor e o frio, por exemplo, são dois pólos separados por vários graus. Se está quente e fazemos baixar um pouco a temperatura ela continuará quente, mas não tanto. Continuando a baixá-la chegará um ponto em que ficará frio. E se o processo persistir vai virar uma geladeira.
A Cabala ensina: olhai para dentro de vós e vede onde termina a Luz e começa a Treva. O bem e o Mal não são absolutos. Não existe um abismo intransponível entre eles. A pessoa que busca ser a imagem de Deus vai evitar os extremos. Se o avassalador sentimento de ódio por uma pessoa encher nosso coração podemos ir diminuindo o grau desta emoção como se abaixássemos um rádio. Se continuarmos nesse esforço deixaremos o estado odioso e chegaremos ao domínio da afeição.
Esta transmutação só acontece entre pólos de uma mesma natureza. O covarde, com empenho consciente pode chegar a enfrentar situações que exigem coragem.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Fim de ano é ótimo.

Só em sair de casa e das mesmices e compromissos já nos sentimos renovados. Ainda mais se ficamos horas em frente ao mar batido de Itaúna, Saquarema. Entre um mergulho nas ondas, um almoço no varandão comendo um peixe chegado do mar à poucas horas e a saída de bicicleta para fazer compras aqui perto, é uma delícia ficar lendo com pernas pra cima na frente do marzão. Mesmo um assunto que parece difícil, os sete princípios herméticos.
A primeira lei da verdade é a mental. Tudo o que existe foi primeiro idealizado pela mente infinita de Deus. Segundo os estudos antigos O Criador é o Todo, é infinito, o que significa que não é restrito por limites. Não há nada fora dEle, pois não existe coisa alguma fora do Todo. Bem escreveu o presidente da igreja em Jerusalém na década seguinte a morte de Jesus (Tiago 1.17): "O Pai das luzes, em quem não há mudança". Mas na criação tudo está mudando sempre: “tudo o que existe nasce dEle por transformação”. Uma pedra de mármore de Carrara ou um beija flor, tudo já está contido no Todo. Assim o que vemos hoje ainda não é definitivo, porém é bem possível que para a raça humana exista um objetivo alcançável, um auge, um limite. O que não será o fim do Todo.
Difícil? E esta é só a primeira das “sete leis antigas”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ainda há leitores para romances?

O amigo Marcus perguntou se tinha o livro Crime e Castigo, de Dostoievski, tinha e o li, mas desaparaceu da estante. Achei outro do mesmo autor, O Jogador, emprestei-lhe. Mas me deu vontade de ler o russo e baixei pela internet uma meia duzia de obras dele. Estou lendo Pobres Gentes. Segue um trecho de uma carta da personagem Vádara.
"Durante la misa me acometió una congoja inexplicable, cual vago presentimiento de lo que me reservaba el destino. Yo me volví a casa. Temblando de dolor, me arrojé en los brazos de mi madre. La estreché fuerte contra mi pecho, la besé y de pronto rompí a llorar. Me pegaba angustiosamente a la única criatura que todavía me quedaba, como mi último consuelo, cual si la hubiese querido retener para siempre, a fin de que la muerte no pudiera arrebatármela. Pero la muerte se cernía ya sobre mi pobre madre".
Vez por outra discutem se o romance, esta forma de literatura, ainda tem lugar no interesse das pessoas. A razão dessa questão é que a grande maioria dos romances são comprados por poucos leitores. Mas ainda existe os grandes sucessos que vendem milhões de exemplares. O escritor Dan Brown encontrou um assunto de interesse para milhões de pessoas ao falar de mistérios que cercam a religião cristã. Os terroristas árabes e sua religião muçulmana criaram outro interesse que o escritor palestino Khaled Hosseini tem explorado com sucesso falando da vida e costumes das famílias árabe. Outra que tem vendido milhões de livros para adolescentes é Stephenie Meyer com suas histórias de vampiros e lobisomens vivendo como jovens quase normais.
Mas Dostoievski já era, mesmo com sua maneira de contar histórias analisando os problemas psicológicos dos personagens. Porque, em suma, o romance toca naquela fraqueza humana que Jesus condenou: "procurar o cisco nos olhos dos outros". O inesplicável desejo de se olhar, comentar e fuxicar a vida dos outros. Não se aguenta ficar olhando para o próprio umbigo, e por isto mesmo um reality show, um BBB, faz tanto sucesso.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Natureza Humana é Igual em toda parte

"La naturaleza humana es similar en todas partes. Creemos que nos gusta olvidar las tragedias de la vida, pero no es así. Si por un momento nos evitan y nos dejan en paz, siempre intentamos invocarlas de nuevo, ya en nuestros pensamientos, ya a través de medios como filmos e libros".
Quem fala é o guerreiro John Carter, um marciano, personagem do livro Espadas de Marte, de Edgar Rice Burroughs, também inventor de Tarzan. Ele fala que em todos os mundos existem criminosos.
"Mi tierra de nacimiento ha sido maldecida con sus asesinos y sus secuestradores, mas éstos constituyen tan solo una ligera amenaza en comparación con las eficientísimas organizaciones que florecen en Marte. Aquí el asesinato es una profesión, el secuestro, una de las bellas artes. Cada uno tiene sus códigos de ética; y sus ramificaciones se han extendido de tal forma que, actualmente, parecen arraigadas en toda la vida social y política del planeta".
Este livro foi escrito em 1936 tempo em que se conhecia pouco do planeta Marte e na mente dos humanos o sonho de termos irmãos logo ali, no planeta vermelho, era muito forte. Nesta obra Burroughs descreve a luta de um miliciano contra o crime organizado e entrincheirado numa comunidade fortificada. Não te lembra nada, não? Aqui mesmo no Rio?
"Durante años he intentado extirpar este nocivo organismo pero el trabajo parece ser ingrato y sin esperanzas. Atrincherados tras unas antiquísimas murallas de tradición y hábito, ocupan una posición en la conciencia pública que les otorga cierta aureola de romanticismo y honor. Los secuestradores no tienen muy buena fama, pero entre los más notorios asesinos hay hombres que gozan de la misma posición en la estima de las masas que nuestros héroes del ring o del béisbol. Además, en la guerra que lucho contra ellos me encuentro en desventaja, dado que tengo que luchar casi solo".
Carter usa uma adaga curta e uma espada de lâmina larga contra todos criminosos. Pior, sem poder contar coma sociedade marciana a seu lado já que idolatram os criminosos.
Quero vê-lo, meu amigo, como um eterno John Carter lutando contra o mal.

Desconfie do que diz o jornal

A história tem muitas formas de ser contada. Lendo Plutarco e sua narração sobre o herói legendário Teseu isto fica bem patente. Era tempo da civilização minóica, o reino em Creta dominava o norte da África, as terras da Grécia e do Oriente Próximo. A escrita alfabética começava, Moisés ainda não era nascido e a Bíblia não existia. Até então a façanha de Teseu, do Minotauro e do labirinto era guardada na memória dos contadores de história e as versões dos fatos variavam.
O rei Mino exigiu da cidade de Atenas que todos os anos escolhesse sete rapazes e sete moças de boa aparência e os enviasse a Cnossos como tributo.
"Llegados a Creta estos jóvenes, las fábulas trágicas nos dan a entender, eran encerrasdos nel Laberinto. Devorados por el Minotauro, o perdidos en sus rodeos, y no pudiendo acertar con la salida, allí perecían; y que el Minotauro era, como lo expresa Eurípides, monstruosa prole de biforme aspecto;
y que había nacido de toro y hombre con mezclados miembros"
Esta era uma versão de um fato perdido no passado, a outra...
"Mas Filócoro dice que los Cretenses no admiten esta narración, sino que dicen que el Laberinto era una for-
taleza, sin tener otra cosa de malo que el no poder los presos huir de ella; y como Minos celebrase combates solemnes aquellos jóvenes, combatianr un cretense, que tenía el mayor valimiento con Minos y era su general, llamado Tauro, hombre nada suave y blando de carácter, que trataba con altanería y crueldad a los jóvenes Atenienses".
Mas havia outra versão:
"Aristóteles, hablando del gobierno de los Boteos, manifiesta bien claramente no haber creído nunca que Minos hubiera dado muerte a aquellos jóvenes, sino que hasta la vejez quedaron en Creta como jornaleros".
Assim, seja esperto, desconfie do que conta mesmo um jornal de projeção e aproveite para não julgar muito prontamente a quem denunciam.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Guerra segue-se a Paz

Numa Pompílio sucedeu Rômulo no governo do povo romano. Foram tempos tão antigos que se perdem nas brumas do passado. São, ambos, figuras lendárias que o historiador Plutarco, recorrendo a muitas fontes, algumas apenas orais, conseguiu biografar para nós que vivemos 2.000 anos depois.
- E serve para alguma coisa, histórias tão velhas?
Veja por si mesmo [está em espanhol, pois ainda não é fácil encontrar clássicos na web, em português], é o próprio Numa que fala quando os Romanos o convidam para governá-los:
"A Rómulo se le celebra con encomios como hijo de Dioses, y se habla de la manera increíble como se salvó siendo niño; pero yo procedo de mortales; mi ducación cuadra mal con el haber de reinar lo que se elogia en mi conducta, que es mucha tranquilidad, y además, este inoportuno amor de la paz, de todas las artes no guerreras. A vosotros, oh Romanos, os ha dejado Rómulo muchas guerras, quizá involuntarias, para cuyo buen éxito se necesita de un rey fogoso y de florida edad; y en el pueblo, se ha engendrado hábito y deseo de
la guerra, sin que a nadie se le oculte su tendencia a dominar a los demás: reiríase, por tanto, del que sólo reverenciase a los Dioses, y enseñase a honrar la justicia, y detestar la guerra en una ciudad que más que rey ha menester un general experto".
E então? À mim lembra G W Bush e Barac Obama. Um, guerreiro, melhor dizendo, cawboy texano, doido para ver os índios escaupelarem alguma família para poder sair matando geral. Outro, mestiço, irmão de todo mundo, preferindo paz às armas. Mas assim como Numa, o quieto e confiável, foi quem o aguerrido povo romano escolheu, assim os imperialistas norte-americanos fizeram com Obama.
Mas diferente do governo de Barac, Numa foi um reformador religioso. "Atribúyese también a Numa la creación delos sacerdotes, a los que llaman pontífices, y aun dicen que fue Pontífice máximo. Este nombre de pontífices viene del ministerio que prestan a los Dioses poderosos que en lengua romana es potens".
Quinhentos anos depois o mais importante bispo católico tomou para si este título, Pontífice máximo; título religiosos criado por Numa.
Numa criou também ordens de sacerdotes mulheres, as vestais, que prometiam se manter virgem por pelo menos 30 anos. Como desfrutavam de honras e previlégios masculinos, 8 séculos depois a Igreja Católica criou os claustros de freiras para abrigar mulheres católicas independentes e que não almejavam o casamento.
Outra mudança na tradição religiosa de Roma feita por Numa lembra a Reforma protestante do século 13.
"Numa prohibió a los Romanos que imaginasen en Dios figura de hombre o de animal: así, al principio, no se vio entre ellos, ni en pinturani en estatua la imagen de dios".
Assim, um governo bélico foi seguido de outro que buscava a paz. O século 20, nesta época, em 1910, o mundo já se preparava para a guerra e foi cem anos de muita matança, como será o século 2l?
Agora, vou ler o resto da biografia de Numa e depois te conto se a história continuou se repetindo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Canto o homem paradoxal.

"Não creio que se possa melhorar uma coisa que já está melhorada, e ainda está incompleta; sempre atrás, mas sempre avançando; cheia de escuridão, e clara como o sol; hipócrita e indigna de confiança mas em alguns momentos sincera e sem artifícios. Canto o homem paradoxal. Aceito não apenas sua carne como também os ossos dentro de sua carne e o pecado que corre nesses ossos. Se o aprovo? É difícil aprovar essa criança ainda informe. Mas os filhos são sempre merecedores de amor, quer sejam assassinos, quer sejam santos - e, às vezes, não odiamos os santos tanto quanto os assassinos? Canto então o homem total, partindo para o Espaço".
Selecionei este pedaço do livro Marte e a Mente Humana porque ele é como um espelho para nos olharmos. Eu sou assim e não adianta você negar e dizer: eu não, eu sou certinho; não é não. Mas o bom de tudo é que temos um Pai que nos ama, sempre, até na cabeceira de nossa cama em nossos últimos momentos. Porque somos paradoxais, às vezes somos sim e outras não, um ser que ninguém conhece, nem nós mesmos. Então não perca este Pai, mantenha-O sempre por perto, você ainda vai precisar dEle.Talvez dizendo cheio de humildade (finalmente): Ó Eterno, Deus todo-poderoso, [foi Ele que de um proto átomo, ainda nem um hidrogênio, criou um esquema em que de um "nada" surgiu uma estrela e um beija-flor, uma montanha e uma borboleta; quer mais prova de que Ele é todo-poderoso?] levanta-te e vem me ajudar! (Salmos 59)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A história está sempre a se repetir

A história pode nos ajudar a entender acontecimentos do presente. No livro Guerras Contra os Gauleses, o próprio Júlio César escreveu sobre suas derrotas e vitórias, as estratégias nas batalhas e os motivos que o levaram a guerrear por diversas vezes. Mas estes registros não são letra morta pelo tempo, ainda têm aplicações em nossa vida hoje. Entre outras coisas ele conta a denúncia e o aviso que lhe fizeram representantes de vários pequenos povos gauleses, que mil anos depois formaram a nação dos franceses.
"Pues que Ariovisto, rey de los germanos, había ocupado la tercera parte de su país y ahora les mandaba evacuar otra tercera parte, dando por razón preparar alojamiento para veinticuatro mil harudes. Así que dentro de pocos años todos vendrán a ser desterrados de la Galia, y los germanos a pasar el Rin. Sobre todo Ariovisto, ejerce un imperio tiránico, exigiendo los hijos de la primera nobleza; y si éstos se desmandan en algo que no sea conforme a su antojo, los trata con la más cruel inhumanidad. Es un hombre bárbaro, iracundo, temerario; no se puede aguantar ya su despotismo. Si César y los romanos no ponen remedio, todos los galos se verán forzados a dejar su patria e ir a domiciliarse en otras regiones distantes de los germanos. Consideraba además, que acostumbrándose los germanos poco a poco a pasar el Rin y a inundar de gente la Galia, no estaba seguro su Imperio; que hombres tan fieros y bárbaros, ocupada una vez la Galia, dejasen penetrar la Italia".
O Império Romano dos italianos era a grande potência do mundo um século antes de Jesus nascer e com seu poderio servia como força policial entre as outras nações. Aqui, os embaixadores dos gauleses (franceses) vizinhos dos germanos (alemães) pedem ajuda aos romanos (italianos). Se os romanos não inteferissem os germanos teriam um território que chegaria abaixo do rio Sena e a história de toda humanidade seria outra. Júlio Cesar convoca o rei germano que responde com afronta.
"Respondióle Ariovisto: «ser derecho de la guerra que los vencedores diesen leyes a su arbitrio a los vencidos; tal era el estilo del Pueblo Romano, disponiendo de los vencidos, no a arbitrio y voluntad ajena, sino a la suya. Y pues que él no prescribía al Pueblo Romano el modo de usar de su derecho, tampoco era razón que viniese el Pueblo Romano a entremeterse en el suyo; que los eduos se hicieron tributarios suyos, y que César le hacía grande agravio en pretender con su venida minorarle las rentas".
O rei alemão Ariovisto, muito parecido com outro que viviu e se acabou no século 20, totálitário e sem aceitar acordos, precisava ser posto em seu lugar. Júlio César entrou em nova guerra com suas legiões. E diferente da segunda Guerra Mundial onde italiano e alemães lutaram em concluiu, daquela vêz os romanos levaram os germanos para o território deles com muita violência. César foi herói para alguns e tirano para outros. Isto não nos lembra também os norte-americanos e a guerra contra Sadan Husseim e os iraquianos? A história está sempre a se repetir.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estragos todos os anos

A revista Planeta Terra de O Globo de julho de 2010, trouxe o artigo Rios Voadores, explicando a tal Zona de Convergência do Atlântico Sul. Olhe só: “A ação do Sol sobre a região equatorial do mar evapora grande quantidade de água, 10 trilhões de metros cúbicos por ano. Parte cai como chuva sobre a floresta Amazônica e outra segue até encontrar a cordilheira dos Andes onde cai como neve. Porém a maior parte da chuva que cai sobre a floresta (75%) volta a evaporar e segue adiante”.
Um esquema perfeito, não fosse o desmatamento da Amazônia e o gradual aquecimento global. Continue lendo: “O clima não é só atmosfera, é o oceano, o Sol, a Terra e as florestas. A região amazônica vem perdendo a capacidade de armazenar grande parte da umidade o que faz com que o rio voador corra mais depressa provocando tempestades severas no sul e sudeste do Brasil”. Os fenômenos La Niña e El Niño agora estão turbinados e os efeitos serão mais perdas humanas e mais despesas para consertar estragos.
Já observou? A gente não tem visto chuva, tem assistido são trombas d’água. Nuvens carregadas de muita água derramam tudo em um lugar causando estragos que eram raros de acontecer. Agora estão acontecendo todos os anos.
Eu e você somos responsáveis. Façamos cada coisa gastando um momento para refletir: como isto vai piorar nossa vida no planeta.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Qual é a outra alternativa?

Lendo as Cartas dos leitores em O Dia, [já faz algum tempo, parece notícia requentada, mas não é] me identifiquei com esta: "Já não temos certeza do que é certo ou errado. Policiais do caso Rafael foram presos por terem pedido dinheiro ao pai do atropelador, mas o pai fica solto, mesmo confessando que deu dinheiro aos policiais".
Esta situação de corrupção e semvergonhice de nossa sociedade dá medo, não te dá não? Lendo sobre a sociedade na época da descoberta da América vejo um tempo de idênticas condições, mas com uma mentalidade diferente. O livro Os Jesuítas na América, diz:
"Para compreender este processo é necessário saber que o pensamento jesuítico não pode ser dissociado das condições históricas em que floresceu, uma das quais implicava no argumento de que a razão estava submissa à revelação, algo típico de uma cosmovisão que ordenava o mundo a partir do Sagrado, de Cristo, da fé católica. O principal veículo da tradição moral do Ocidente era a doutrina dos sete pecados mortais: orgulho, inveja, ira, avareza, luxúria, intemperança e indolência espiritual ou preguiça. Todos esses elementos eram vivos no pensamento social e religioso da época e comparecem na obra de Loyola. Seu método de ensino, Exercícios Espirituais, propunham uma reconciliação dos membros da comunidade cristã entre si, para com isso 'restituír a condição de paz sobrenatural à comunidade que fora totalmente viciada pelos pecados dos seus membros'. Em suma, eles aliviavam a alma do fiel".
Pense bem, a noção de que temos sérios pecados não fez melhor a sociedade do século 16, a mentalidade atual de que nada é pecado, de que tudo é permitido, nos dá essa vida que também não dá gosto nenhum, então me diga: qual é a outra alternativa?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Não tenho tempo, desculpa batida

e bota batida nisso! Sabe que Sêneca, duzentos anos antes de Cristo já escrevera sobre isto? Fiquei sabendo ao ler uma entrevista com o jovem e muito premiado escritor português Gonçalo M Tavares: "Há um livro que me é caro, Cartas à Lucílio. Sêneca ensina que temos de agir sabendo que vamos morrer. A consciência da morte muda o modo como utilizamos o tempo. Sêneca diz: 'Ao invés de se queixar da falta de tempo, veja o que é essencial e o que é acessório. Fazes somente o essencial e verás: tens tempo'".
Fácil não é. O que quero fazer nesta vida? Se sou, pelo menos um pouquinho, crente no espiritual: o que me vai preparar para a outra vida? Tendo respondido estas questões existenciais estamos prontos para distinguir o "essencial". Daí, resta ter força para resistir a tudo o que tentar nos desviar. E olha que as tentações são muitas e difíceis de resistir. Mas quem nos enganou dizendo que neste planeta as coisas seriam fáceis?
Então, fazendo o essencial, vamos ter tempo.