sábado, 21 de agosto de 2010

Deus não nos deu nada pronto


Ferdinand de Saussure dedicou sua vida a estudar como as línguas, as diversas formas utilizadas pela raça humana para se comunicar, se desenvolveram. Em seu livro El Curso de Lingüística General (em espanhol) ele construiu uma frase que tem aplicação em várias ciências:«Se suele decir que nada es tan importante como conocer la génesis de un estado dado; es verdad en cierto sentido: las condiciones que han formado ese estado aclaran su verdadera naturaleza y nos libran de ciertas ilusiones". É preciso começar tudo que vamos estudar desde o início.
Os mitos da criação contam que tudo surgiu num estalar de dedos, como a diversidade de idiomas: "Vamos confundir a língua que eles falam". Mas antes que ser uma ação direta do Ser Superior a construção do vocabulário de um povo demandou longuíssimo tempo onde as palavras se formaram por sincronismo e diacronismo. "Pero el papel de la colectividad es mucho más activo; los golpes ciegos son raros, y siempre que hay un proceso destructivo va necesariamente seguido de una reacción activa. Hay cambios lingüísticos que - como los movimientos del ajedrez - tienen la intención de ejercer una acción sobre el sistema".
Este livro didático explica como nosso idioma, o português, continua sendo elaborado até agora e como esta construção irá continuar. As primeiras palavras de nossa língua se perdem num passado de 100 mil anos e começa a ser percebida no falar de um povo que habitava a península Ibérica há 3 mil anos. Seu modo de falar foi quase esquecido quando os exércitos romanos chegaram àquele fim de mundo e o povo passou a falar o latim com um sotaque diferente. Os bárbaros desbarataram os romanos no 4° século e acrescentaram palavras e sons. Os árabes chegaram 300 anos depois e nos deram palavras começando com "al", como álcool. Os franceses nos deram termos como "buquê" e os ingleses "futebol".
Mas o que tudo isto nos devia ensinar é que Deus não nos deu nada pronto e que os seres humanos têm de buscar um aperfeiçoamento constante que não termina nunca.
Jesus, o mestre, nesta enorme aala de aula que é planeta Terra ensinou uma coisa que a maioria ainda não aprendeu. Falando do dia de sábado - assim como da aposentadoria ou da morte - ele disse: "Meu Pai continua trabalhando sem parar e eu também"; e se não falou pensou: e vocês não tem nada que "pendurar as chuteiras", vamos "ralar" por todos os séculos seclorem”. Amém.

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