sexta-feira, 9 de julho de 2010

O horror da matança


Estamos fartos de tantos assassinatos, alguns com requintes bárbaros, mas isto não é novidade para a raça humana. O livro Cruzada do Ouro descreve a capital dos maias durante o século 10 d.C. e o genocídio institucionalizado, aceito e permitido pelo governo, que havia ali.
"Este era um local de horror de um tipo diferente. Na parede de uma pirâmide a pintura mostra as cenas dantescas que aconteciam aqui: sangue espirrando de pescoços, sangue jorrando de corpos, sangue derramando em uma rampa cor de chumbo em direção a uma ladeira cheia de degraus. Em outro afresco, uma parede pintada com barbaridades inimagináveis, mostra uma execução em massa. Vítimas nuas estavam sendo levadas para um templo no alto. Lá em cima, elas eram retalhadas e mantidas no chão do altar, as mãos do carrasco mergulhavam em suas vísceras, enquanto uma outra figura erguia no alto um coração extirpado. Os maias desenvolveram um enorme progresso, uma arte e uma arquitetura surpreendentes, uma organização econômica fenomenal, mas para essas pessoas era normal os sacrifícios humanos. Se você nascesse aqui, então deveria ser sacrificado. Havia algo profundamente disfuncional nessa sociedade. Mas tudo se tornou titica de galinha quando os toltecas apareceram. Eles eram guerreiros terríveis da antiga América Central, os SS da época. Tudo que escutamos sobre os astecas, aqueles relatos de sacrifícios em massa registrados pelos conquistadores espanhóis no século XVI, multipliquem várias vezes. Imagine o coração das trevas, o apocalypse now, este é o local. Os próprios maias faziam sacrifícios humanos, mas quando os toltecas chegaram, eles transformaram este local num campo de morte".
Muitos homens tentaram nos ensinar um modo de viver melhor: Epicuro, Lao Tzé, Confúcio, Buda, Jesus, Paulo e Pedro, Francisco de Assis, Gandi e tantos outros; mas num momento podemos esquecer todas as palavras boas e o voltamos a matar.
Felizes aqueles que não esmorecem nunca e continuam ensinando a paz e o respeito à frágil vida humana. Como disse Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Nenhum comentário: