sábado, 10 de abril de 2010

Novamente falando de filosofia


Palavras de Henri Bergson: "As questões que originalmente sempre moveram a filosofia, pelo menos desde Sócrates e Platão, foram: os meios de realização da felicidade humana, nas várias esferas que compõem a vida, tanto na contingência do presente quanto nas projeções que elabora a esperança humana de eternidade".
Então, pensadores de todas as épocas nos ajudaram na busca da felicidade, mas "Os grandes edifícios sistemáticos, com alicerces firmados em vários tipos de solos e construídos com os mais diversos materiais nunca deixaram de apresentar-se ao olhar retrospectivo da história como dotados de provisoriedade".
É o que a difere da religião que se enclausura em dogmas considerados verdades imutáveis. Mas esta acaba se distanciando dos fatos por causa de dos avanços do conhecimento humano: "É claro que a turbulência da história atua de forma decisiva neste processo de rever o passado e reverter as esperanças do futuro: a supremacia do tempo sobre todas as realizações humanas alerta para o risco de apaziguamento (ou engessamento)".
O tempo que rola muda tudo, sempre, e forja a história. Ora, a religião tenta negar as mudanças pela qual o ser humano passa dizendo: Deus é fiel, querendo dizer, ele não muda e o que dizia ser o certo continua afirmando ainda hoje. Com este pensamento estático esquecem que o que o Eterno sempre achou certo são princípios que revelados aos homens sempre se revestem do momento histórico, da transitoriedade.
A filosofia então, "quando a experiência da transitoriedade das ambições da razão
faz envelhecer a pretensão das soluções definitivas, abraça de novo, com falsa modéstia, a tarefa de construir as interrogações, mais do que as respostas".
Assim, não se acanhe, pergunte sempre.

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