sexta-feira, 30 de abril de 2010

Conhecer coisas novas


"Com o fim de nos enganar a nós mesmos, preparamos às vezes precipitações aparentes, que são, no fundo, atos secretamente premeditados. Porque não há pessoa que melhor enganemos e adulemos com artifícios sutis, do que a nós mesmos".
Ah, eu que penso estar certo! Será que se manter ignorante e ir enfiando os pés pelas mãos é desculpável? Schopenhauer lembra que o não conhecer bem um assunto nos pode levar a coisa pior do que estar errado, a condição de tolo.
"Mas pode suceder que demasiada confiança em outrem, ou ignorância sobre o valor relativo dos bens da vida, ou ainda algum dogma abstrato podem decidir-me a agir mais egoisticamente do que o que é conforme ao meu caráter. O arrependimento, portanto, é sempre resultado de um conhecimento mais preciso".
Então, não ler, não ter curiosidade de saber mais sobre um assunto pode nos fazer errar e, mais perturbador, nos fazer de bobos. E, sem uma nova informação que nos acrescente, é impossível o arrependimento, não o voltar atrás, o que está feito é irremovível, mas podemos mudar nossa maneira de ver e não mais agir ou desejar o que nos parecia certo e agora parece indigno.
Em tempo, não pense em aprender mais num livro só ou com um homem só, abra o leque de opções, ouça opiniões alheias.

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