sábado, 16 de janeiro de 2010

Desmanchando o imbróglio (o nó)

Estou com um baita problema em casa...
Assim uma pessoa começa a se abrir com um amigo.
Mas nem sempre funciona assim. Na maioria das vezes o indivíduo enrusti o problema, não fala com ninguém. Aí, a dificuldade só cresce. Mas temos um termostato dentro da gente e quando o imbróglio começa a mexer com nosso equilíbrio emocional recebemos um aviso, por sonho. Leia este texto de Carl Gustav Jung, de um seminário que ele dirigiu em 1929:
“O sonho, ao enfatizar que estamos em um lugar público, intencionalmente põe na nossa frente a importância de um estado coletivo, em contraposição com seu sentimento intensamente pessoal sobre seu problema. O inconsciente diz que é um problema coletivo, que está acontecendo em toda parte no mundo. Não é só com ele ou com ela. A sombra o admoesta a vir e fazer algo com outras pessoas, de modo a sentir a comunidade naquele problema particular dele. Vocês perceberão o que isso significa para alguém que pensa que é o único que sofre de sua aflição particular e sente-se responsável por ela. Quando ouve que é um problema geral, é confortado, isto o põe de volta no regaço da humanidade, sabe que muitas pessoas estão tendo a mesma experiência, e que não está isolado. Antes, ele não ousava falar a respeito disso; agora sabe que todos o compreendem. A prescrição particular no Novo Testamento - 'confessem suas faltas uns aos outros' e 'suportem os fardos uns dos outros' - mostra a mesma psicologia que nós encontramos nos sonhos. Nós devíamos ter comunhão e companheirismo no problema que é nosso fardo particular, esta é a admoestação do sonho. Assim o drama de um casal é um problema coletivo”.

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