quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A masoquista cultura de massa



Citando o pensador Theodor Adorno: "A masoquista cultura de massa constitui a manifestação necessária da própria produção onipotente".
Produzir mercadorias tornou-se  a grande necessidade de nosso mundo. No livro Meio Ambiente, mesmo tendo como principal tema este assunto, diz que a produção tem de ser controlada sem diminuir a manufatura de mercadorias.
É evidente que se precisa fazer objetos que atendam aos novos humanos que nascem todos os dias, mas o que ouvem os trabalhadores no "chão das fábricas" é outra coisa: Para manter seus empregos vocês têm de bater nova meta.As metas são sempre maiores do que o aumento da população.
Assim lutando contra as máquinas que engolem  postos de trabalho o operário vive num constante estresse. Na outra ponta o comprador de objetos fabricado precisa ser mantido o tempo todo sob uma estressante pressão psicologica que o induza a adquirir novidades. A roda viva continua. Ficando endividado por adquirir novos produtos o proletário mais depente do emprego que o desgasta tanto. É isto que Adorno chama de "cultura masoquista de massa".
Não se pode fazer nada contra esse círculo vicioso? Podemos. Precisamos dizer não ao desejo de gastar, o contrário do que nos mandou fazer nosso presidente que já foi operário. Também devemos lembrar que a premente necessidade de ter e de fazer está nos mantendo sequestrados. Vigiar, porque estão nos dominando e nos fazendo sofrer. Não podemos gostar dessa situação. Não somos masoquistas e se somos não continuaremos sendo. Com o pé no freio dos gastos vamos escapulindo desta armadilha. 
Fico por aqui, vou trabalhar. Preciso fazer alguém gsstar para que eu possa ganhar o meu. Mas, de leve, venho baixando minhas metas e meus gastos.   

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A lei dos Ciclos.


Diferente das leis judaicas que se tornaram a base dos mandamentos cristãos, e que enfatizam o negativo: não matarás ou não roubarás; as leis herméticas ensinam os motivos profundos por trás de nossas ações. São 7 os princípios antigos. Já falei do Mental, do Vibracional, e dos Opostos, agora consideremos o dos Ciclos.
Todas as coisas seguem um movimento pendular.  Sobe e desce, aumenta e decresce, nasce e morre. Mas como no pêndulo o movimento não pára, torna a subir, aumenta novamente e renasce. O homem de Deus que entende isto, é consciente deste movimento cíclico, pode controlar seus ciclos. Pode diminuir o ritmo da subida e da descida, controlar o aumento e receber com tranqüilidade o decréscimo. Até aceitar a morte como fim da missão proposta e pausa para o recomeço. A vida não termina, eu e você ainda pertencemos ao Todo infinito onde nada se perde e tudo se transforma sempre. Os fluxos e refluxos são inevitáveis, como o TPM na mulher, mas o ser humano espiritualizado não perde as rédeas dos ciclos pelos quais passa. Continua contribuindo para a paz neste vasto mundo criado. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Um gesto basta


Roland Barthes, como crítico de arte, fala sobre os gestos dos atores e diz alguma coisa sobre a vida.
"Insistiré una vez más en la estructura intelectual (y no solamente emotiva) del espectáculo. La extracción brusca del colt no significa en modo alguno la muerte, pues desde hace mucho tiempo el uso indica que se trata de una simple amenaza cuyo efecto puede ser revertido milagrosamente: la emergencia del revólver no tiene en este caso un valor trágico, sino únicamente cognitivo; significa la aparición de una nueva peripecia, el gesto es argumentativo y no concretamente aterrador".
Tanto nas artes cênicas quanto na vida real um gesto brusco, diferente do que acontece comumente, ainda não é uma tragédia, mas o que se segue, se a razão não intervir, pode significar a perda de uma vida, e pra isto não tem volta.
"Toda desenvoltura afirma que sólo el silencio es eficaz: olar furiosamente ou levantar la mano, son operaciones que imponen la idea de que la auténtica vida está en el silencio y que el acto tiene derecho de vida o de muerte sobre el tiempo. El espectador posee así la ilusión de un mundo seguro que se modifica sólo bajo la presión de los actos y jamás bajo la presión de las palabras".
Nossos atos, corporificação de um pensamento quiça nem percebido, não pode sair do controle como um cavalo desembestado. Sob nosso comando um gesto pode mudar uma situação e basta.   

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Princípio da Vibração

Ponha isto em sua cabeça: nada está parado, tudo vibra o tempo todo.
A estudiosa Helena Blavatski escreveu em seu livro Isis sem Véu, nos idos de 1870: " Um bloco de pedra é impenetrável. Não obstante suas partículas estão animadas de um movimento vibratório incessante e eterno. Esta matéria sólida, contra toda percepção, é formado de partículas tão distantes entre si como os pingos de chuva. Mas para a ciência física esta idéia é um absurdo".
Esta compreensão era muito diferente do que a física entendia naquela época. Começava-se a perceber as moléculas, mas o átomo era apenas idealizado pelos cientistas mais visionários. O que deu a esta mulher este entendimento foi o estudo dos princípios herméticos, e um deles é o vibratório.Compreenda, uma corda de violão quando é vibrada pelos dedos emiti som. Se fosse percutida com muito mais intensidade não ouviríamos o som mas passaríamos a ver uma cor. Se o movimento fosse amplificado mais ainda ela passaria a emitir radiação na forma de raios X e gama. Mais que isto a corda se desintegraria em átomos. Esta lei muito antiga nos ensina que tudo o que vemos existe em uma forma sutíl. Toda matéria no estado etéreo, vibracinal, está interligada. Entenda isto: apesar de separado de outra pessoa você está em sintonia com ela, para o Bem ou para o Mal. Assim quando se diz que "seu direito termina onde começa o de outro" é um pensamento primitivo. O conceito básico, o axioma, é: seu espaço está contido no de outra pessoa e tudo o que se faz a afeta, e ela sente.
Outra coisa, o milagre é a transmutação de um objeto em algo diferente e isto é possível já que o ouro ou uma lata é formado de átomos compostos das mesmas partículas básicas em intensidades diversas. Para um mestre avançado é completamente possível mudar "água em vinho da melhor qualidade'.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A lei dos Opostos

Os princípios herméticos, diferentes das leis bíblicas, nos leva ao âmago das questões. Mais ou menos como ensinava Jesus quando disse que todos os 10 mandamentos resumiam-se em 2: amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos.
A lei da polaridade, uma das 7 leis antigas, nos avisa que tudo tem o seu oposto. Sendo idênticos em natureza diferem em grau. O calor e o frio, por exemplo, são dois pólos separados por vários graus. Se está quente e fazemos baixar um pouco a temperatura ela continuará quente, mas não tanto. Continuando a baixá-la chegará um ponto em que ficará frio. E se o processo persistir vai virar uma geladeira.
A Cabala ensina: olhai para dentro de vós e vede onde termina a Luz e começa a Treva. O bem e o Mal não são absolutos. Não existe um abismo intransponível entre eles. A pessoa que busca ser a imagem de Deus vai evitar os extremos. Se o avassalador sentimento de ódio por uma pessoa encher nosso coração podemos ir diminuindo o grau desta emoção como se abaixássemos um rádio. Se continuarmos nesse esforço deixaremos o estado odioso e chegaremos ao domínio da afeição.
Esta transmutação só acontece entre pólos de uma mesma natureza. O covarde, com empenho consciente pode chegar a enfrentar situações que exigem coragem.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Fim de ano é ótimo.

Só em sair de casa e das mesmices e compromissos já nos sentimos renovados. Ainda mais se ficamos horas em frente ao mar batido de Itaúna, Saquarema. Entre um mergulho nas ondas, um almoço no varandão comendo um peixe chegado do mar à poucas horas e a saída de bicicleta para fazer compras aqui perto, é uma delícia ficar lendo com pernas pra cima na frente do marzão. Mesmo um assunto que parece difícil, os sete princípios herméticos.
A primeira lei da verdade é a mental. Tudo o que existe foi primeiro idealizado pela mente infinita de Deus. Segundo os estudos antigos O Criador é o Todo, é infinito, o que significa que não é restrito por limites. Não há nada fora dEle, pois não existe coisa alguma fora do Todo. Bem escreveu o presidente da igreja em Jerusalém na década seguinte a morte de Jesus (Tiago 1.17): "O Pai das luzes, em quem não há mudança". Mas na criação tudo está mudando sempre: “tudo o que existe nasce dEle por transformação”. Uma pedra de mármore de Carrara ou um beija flor, tudo já está contido no Todo. Assim o que vemos hoje ainda não é definitivo, porém é bem possível que para a raça humana exista um objetivo alcançável, um auge, um limite. O que não será o fim do Todo.
Difícil? E esta é só a primeira das “sete leis antigas”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Ainda há leitores para romances?

O amigo Marcus perguntou se tinha o livro Crime e Castigo, de Dostoievski, tinha e o li, mas desaparaceu da estante. Achei outro do mesmo autor, O Jogador, emprestei-lhe. Mas me deu vontade de ler o russo e baixei pela internet uma meia duzia de obras dele. Estou lendo Pobres Gentes. Segue um trecho de uma carta da personagem Vádara.
"Durante la misa me acometió una congoja inexplicable, cual vago presentimiento de lo que me reservaba el destino. Yo me volví a casa. Temblando de dolor, me arrojé en los brazos de mi madre. La estreché fuerte contra mi pecho, la besé y de pronto rompí a llorar. Me pegaba angustiosamente a la única criatura que todavía me quedaba, como mi último consuelo, cual si la hubiese querido retener para siempre, a fin de que la muerte no pudiera arrebatármela. Pero la muerte se cernía ya sobre mi pobre madre".
Vez por outra discutem se o romance, esta forma de literatura, ainda tem lugar no interesse das pessoas. A razão dessa questão é que a grande maioria dos romances são comprados por poucos leitores. Mas ainda existe os grandes sucessos que vendem milhões de exemplares. O escritor Dan Brown encontrou um assunto de interesse para milhões de pessoas ao falar de mistérios que cercam a religião cristã. Os terroristas árabes e sua religião muçulmana criaram outro interesse que o escritor palestino Khaled Hosseini tem explorado com sucesso falando da vida e costumes das famílias árabe. Outra que tem vendido milhões de livros para adolescentes é Stephenie Meyer com suas histórias de vampiros e lobisomens vivendo como jovens quase normais.
Mas Dostoievski já era, mesmo com sua maneira de contar histórias analisando os problemas psicológicos dos personagens. Porque, em suma, o romance toca naquela fraqueza humana que Jesus condenou: "procurar o cisco nos olhos dos outros". O inesplicável desejo de se olhar, comentar e fuxicar a vida dos outros. Não se aguenta ficar olhando para o próprio umbigo, e por isto mesmo um reality show, um BBB, faz tanto sucesso.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Natureza Humana é Igual em toda parte

"La naturaleza humana es similar en todas partes. Creemos que nos gusta olvidar las tragedias de la vida, pero no es así. Si por un momento nos evitan y nos dejan en paz, siempre intentamos invocarlas de nuevo, ya en nuestros pensamientos, ya a través de medios como filmos e libros".
Quem fala é o guerreiro John Carter, um marciano, personagem do livro Espadas de Marte, de Edgar Rice Burroughs, também inventor de Tarzan. Ele fala que em todos os mundos existem criminosos.
"Mi tierra de nacimiento ha sido maldecida con sus asesinos y sus secuestradores, mas éstos constituyen tan solo una ligera amenaza en comparación con las eficientísimas organizaciones que florecen en Marte. Aquí el asesinato es una profesión, el secuestro, una de las bellas artes. Cada uno tiene sus códigos de ética; y sus ramificaciones se han extendido de tal forma que, actualmente, parecen arraigadas en toda la vida social y política del planeta".
Este livro foi escrito em 1936 tempo em que se conhecia pouco do planeta Marte e na mente dos humanos o sonho de termos irmãos logo ali, no planeta vermelho, era muito forte. Nesta obra Burroughs descreve a luta de um miliciano contra o crime organizado e entrincheirado numa comunidade fortificada. Não te lembra nada, não? Aqui mesmo no Rio?
"Durante años he intentado extirpar este nocivo organismo pero el trabajo parece ser ingrato y sin esperanzas. Atrincherados tras unas antiquísimas murallas de tradición y hábito, ocupan una posición en la conciencia pública que les otorga cierta aureola de romanticismo y honor. Los secuestradores no tienen muy buena fama, pero entre los más notorios asesinos hay hombres que gozan de la misma posición en la estima de las masas que nuestros héroes del ring o del béisbol. Además, en la guerra que lucho contra ellos me encuentro en desventaja, dado que tengo que luchar casi solo".
Carter usa uma adaga curta e uma espada de lâmina larga contra todos criminosos. Pior, sem poder contar coma sociedade marciana a seu lado já que idolatram os criminosos.
Quero vê-lo, meu amigo, como um eterno John Carter lutando contra o mal.

Desconfie do que diz o jornal

A história tem muitas formas de ser contada. Lendo Plutarco e sua narração sobre o herói legendário Teseu isto fica bem patente. Era tempo da civilização minóica, o reino em Creta dominava o norte da África, as terras da Grécia e do Oriente Próximo. A escrita alfabética começava, Moisés ainda não era nascido e a Bíblia não existia. Até então a façanha de Teseu, do Minotauro e do labirinto era guardada na memória dos contadores de história e as versões dos fatos variavam.
O rei Mino exigiu da cidade de Atenas que todos os anos escolhesse sete rapazes e sete moças de boa aparência e os enviasse a Cnossos como tributo.
"Llegados a Creta estos jóvenes, las fábulas trágicas nos dan a entender, eran encerrasdos nel Laberinto. Devorados por el Minotauro, o perdidos en sus rodeos, y no pudiendo acertar con la salida, allí perecían; y que el Minotauro era, como lo expresa Eurípides, monstruosa prole de biforme aspecto;
y que había nacido de toro y hombre con mezclados miembros"
Esta era uma versão de um fato perdido no passado, a outra...
"Mas Filócoro dice que los Cretenses no admiten esta narración, sino que dicen que el Laberinto era una for-
taleza, sin tener otra cosa de malo que el no poder los presos huir de ella; y como Minos celebrase combates solemnes aquellos jóvenes, combatianr un cretense, que tenía el mayor valimiento con Minos y era su general, llamado Tauro, hombre nada suave y blando de carácter, que trataba con altanería y crueldad a los jóvenes Atenienses".
Mas havia outra versão:
"Aristóteles, hablando del gobierno de los Boteos, manifiesta bien claramente no haber creído nunca que Minos hubiera dado muerte a aquellos jóvenes, sino que hasta la vejez quedaron en Creta como jornaleros".
Assim, seja esperto, desconfie do que conta mesmo um jornal de projeção e aproveite para não julgar muito prontamente a quem denunciam.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A Guerra segue-se a Paz

Numa Pompílio sucedeu Rômulo no governo do povo romano. Foram tempos tão antigos que se perdem nas brumas do passado. São, ambos, figuras lendárias que o historiador Plutarco, recorrendo a muitas fontes, algumas apenas orais, conseguiu biografar para nós que vivemos 2.000 anos depois.
- E serve para alguma coisa, histórias tão velhas?
Veja por si mesmo [está em espanhol, pois ainda não é fácil encontrar clássicos na web, em português], é o próprio Numa que fala quando os Romanos o convidam para governá-los:
"A Rómulo se le celebra con encomios como hijo de Dioses, y se habla de la manera increíble como se salvó siendo niño; pero yo procedo de mortales; mi ducación cuadra mal con el haber de reinar lo que se elogia en mi conducta, que es mucha tranquilidad, y además, este inoportuno amor de la paz, de todas las artes no guerreras. A vosotros, oh Romanos, os ha dejado Rómulo muchas guerras, quizá involuntarias, para cuyo buen éxito se necesita de un rey fogoso y de florida edad; y en el pueblo, se ha engendrado hábito y deseo de
la guerra, sin que a nadie se le oculte su tendencia a dominar a los demás: reiríase, por tanto, del que sólo reverenciase a los Dioses, y enseñase a honrar la justicia, y detestar la guerra en una ciudad que más que rey ha menester un general experto".
E então? À mim lembra G W Bush e Barac Obama. Um, guerreiro, melhor dizendo, cawboy texano, doido para ver os índios escaupelarem alguma família para poder sair matando geral. Outro, mestiço, irmão de todo mundo, preferindo paz às armas. Mas assim como Numa, o quieto e confiável, foi quem o aguerrido povo romano escolheu, assim os imperialistas norte-americanos fizeram com Obama.
Mas diferente do governo de Barac, Numa foi um reformador religioso. "Atribúyese también a Numa la creación delos sacerdotes, a los que llaman pontífices, y aun dicen que fue Pontífice máximo. Este nombre de pontífices viene del ministerio que prestan a los Dioses poderosos que en lengua romana es potens".
Quinhentos anos depois o mais importante bispo católico tomou para si este título, Pontífice máximo; título religiosos criado por Numa.
Numa criou também ordens de sacerdotes mulheres, as vestais, que prometiam se manter virgem por pelo menos 30 anos. Como desfrutavam de honras e previlégios masculinos, 8 séculos depois a Igreja Católica criou os claustros de freiras para abrigar mulheres católicas independentes e que não almejavam o casamento.
Outra mudança na tradição religiosa de Roma feita por Numa lembra a Reforma protestante do século 13.
"Numa prohibió a los Romanos que imaginasen en Dios figura de hombre o de animal: así, al principio, no se vio entre ellos, ni en pinturani en estatua la imagen de dios".
Assim, um governo bélico foi seguido de outro que buscava a paz. O século 20, nesta época, em 1910, o mundo já se preparava para a guerra e foi cem anos de muita matança, como será o século 2l?
Agora, vou ler o resto da biografia de Numa e depois te conto se a história continuou se repetindo.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Canto o homem paradoxal.

"Não creio que se possa melhorar uma coisa que já está melhorada, e ainda está incompleta; sempre atrás, mas sempre avançando; cheia de escuridão, e clara como o sol; hipócrita e indigna de confiança mas em alguns momentos sincera e sem artifícios. Canto o homem paradoxal. Aceito não apenas sua carne como também os ossos dentro de sua carne e o pecado que corre nesses ossos. Se o aprovo? É difícil aprovar essa criança ainda informe. Mas os filhos são sempre merecedores de amor, quer sejam assassinos, quer sejam santos - e, às vezes, não odiamos os santos tanto quanto os assassinos? Canto então o homem total, partindo para o Espaço".
Selecionei este pedaço do livro Marte e a Mente Humana porque ele é como um espelho para nos olharmos. Eu sou assim e não adianta você negar e dizer: eu não, eu sou certinho; não é não. Mas o bom de tudo é que temos um Pai que nos ama, sempre, até na cabeceira de nossa cama em nossos últimos momentos. Porque somos paradoxais, às vezes somos sim e outras não, um ser que ninguém conhece, nem nós mesmos. Então não perca este Pai, mantenha-O sempre por perto, você ainda vai precisar dEle.Talvez dizendo cheio de humildade (finalmente): Ó Eterno, Deus todo-poderoso, [foi Ele que de um proto átomo, ainda nem um hidrogênio, criou um esquema em que de um "nada" surgiu uma estrela e um beija-flor, uma montanha e uma borboleta; quer mais prova de que Ele é todo-poderoso?] levanta-te e vem me ajudar! (Salmos 59)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A história está sempre a se repetir

A história pode nos ajudar a entender acontecimentos do presente. No livro Guerras Contra os Gauleses, o próprio Júlio César escreveu sobre suas derrotas e vitórias, as estratégias nas batalhas e os motivos que o levaram a guerrear por diversas vezes. Mas estes registros não são letra morta pelo tempo, ainda têm aplicações em nossa vida hoje. Entre outras coisas ele conta a denúncia e o aviso que lhe fizeram representantes de vários pequenos povos gauleses, que mil anos depois formaram a nação dos franceses.
"Pues que Ariovisto, rey de los germanos, había ocupado la tercera parte de su país y ahora les mandaba evacuar otra tercera parte, dando por razón preparar alojamiento para veinticuatro mil harudes. Así que dentro de pocos años todos vendrán a ser desterrados de la Galia, y los germanos a pasar el Rin. Sobre todo Ariovisto, ejerce un imperio tiránico, exigiendo los hijos de la primera nobleza; y si éstos se desmandan en algo que no sea conforme a su antojo, los trata con la más cruel inhumanidad. Es un hombre bárbaro, iracundo, temerario; no se puede aguantar ya su despotismo. Si César y los romanos no ponen remedio, todos los galos se verán forzados a dejar su patria e ir a domiciliarse en otras regiones distantes de los germanos. Consideraba además, que acostumbrándose los germanos poco a poco a pasar el Rin y a inundar de gente la Galia, no estaba seguro su Imperio; que hombres tan fieros y bárbaros, ocupada una vez la Galia, dejasen penetrar la Italia".
O Império Romano dos italianos era a grande potência do mundo um século antes de Jesus nascer e com seu poderio servia como força policial entre as outras nações. Aqui, os embaixadores dos gauleses (franceses) vizinhos dos germanos (alemães) pedem ajuda aos romanos (italianos). Se os romanos não inteferissem os germanos teriam um território que chegaria abaixo do rio Sena e a história de toda humanidade seria outra. Júlio Cesar convoca o rei germano que responde com afronta.
"Respondióle Ariovisto: «ser derecho de la guerra que los vencedores diesen leyes a su arbitrio a los vencidos; tal era el estilo del Pueblo Romano, disponiendo de los vencidos, no a arbitrio y voluntad ajena, sino a la suya. Y pues que él no prescribía al Pueblo Romano el modo de usar de su derecho, tampoco era razón que viniese el Pueblo Romano a entremeterse en el suyo; que los eduos se hicieron tributarios suyos, y que César le hacía grande agravio en pretender con su venida minorarle las rentas".
O rei alemão Ariovisto, muito parecido com outro que viviu e se acabou no século 20, totálitário e sem aceitar acordos, precisava ser posto em seu lugar. Júlio César entrou em nova guerra com suas legiões. E diferente da segunda Guerra Mundial onde italiano e alemães lutaram em concluiu, daquela vêz os romanos levaram os germanos para o território deles com muita violência. César foi herói para alguns e tirano para outros. Isto não nos lembra também os norte-americanos e a guerra contra Sadan Husseim e os iraquianos? A história está sempre a se repetir.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estragos todos os anos

A revista Planeta Terra de O Globo de julho de 2010, trouxe o artigo Rios Voadores, explicando a tal Zona de Convergência do Atlântico Sul. Olhe só: “A ação do Sol sobre a região equatorial do mar evapora grande quantidade de água, 10 trilhões de metros cúbicos por ano. Parte cai como chuva sobre a floresta Amazônica e outra segue até encontrar a cordilheira dos Andes onde cai como neve. Porém a maior parte da chuva que cai sobre a floresta (75%) volta a evaporar e segue adiante”.
Um esquema perfeito, não fosse o desmatamento da Amazônia e o gradual aquecimento global. Continue lendo: “O clima não é só atmosfera, é o oceano, o Sol, a Terra e as florestas. A região amazônica vem perdendo a capacidade de armazenar grande parte da umidade o que faz com que o rio voador corra mais depressa provocando tempestades severas no sul e sudeste do Brasil”. Os fenômenos La Niña e El Niño agora estão turbinados e os efeitos serão mais perdas humanas e mais despesas para consertar estragos.
Já observou? A gente não tem visto chuva, tem assistido são trombas d’água. Nuvens carregadas de muita água derramam tudo em um lugar causando estragos que eram raros de acontecer. Agora estão acontecendo todos os anos.
Eu e você somos responsáveis. Façamos cada coisa gastando um momento para refletir: como isto vai piorar nossa vida no planeta.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Qual é a outra alternativa?

Lendo as Cartas dos leitores em O Dia, [já faz algum tempo, parece notícia requentada, mas não é] me identifiquei com esta: "Já não temos certeza do que é certo ou errado. Policiais do caso Rafael foram presos por terem pedido dinheiro ao pai do atropelador, mas o pai fica solto, mesmo confessando que deu dinheiro aos policiais".
Esta situação de corrupção e semvergonhice de nossa sociedade dá medo, não te dá não? Lendo sobre a sociedade na época da descoberta da América vejo um tempo de idênticas condições, mas com uma mentalidade diferente. O livro Os Jesuítas na América, diz:
"Para compreender este processo é necessário saber que o pensamento jesuítico não pode ser dissociado das condições históricas em que floresceu, uma das quais implicava no argumento de que a razão estava submissa à revelação, algo típico de uma cosmovisão que ordenava o mundo a partir do Sagrado, de Cristo, da fé católica. O principal veículo da tradição moral do Ocidente era a doutrina dos sete pecados mortais: orgulho, inveja, ira, avareza, luxúria, intemperança e indolência espiritual ou preguiça. Todos esses elementos eram vivos no pensamento social e religioso da época e comparecem na obra de Loyola. Seu método de ensino, Exercícios Espirituais, propunham uma reconciliação dos membros da comunidade cristã entre si, para com isso 'restituír a condição de paz sobrenatural à comunidade que fora totalmente viciada pelos pecados dos seus membros'. Em suma, eles aliviavam a alma do fiel".
Pense bem, a noção de que temos sérios pecados não fez melhor a sociedade do século 16, a mentalidade atual de que nada é pecado, de que tudo é permitido, nos dá essa vida que também não dá gosto nenhum, então me diga: qual é a outra alternativa?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Não tenho tempo, desculpa batida

e bota batida nisso! Sabe que Sêneca, duzentos anos antes de Cristo já escrevera sobre isto? Fiquei sabendo ao ler uma entrevista com o jovem e muito premiado escritor português Gonçalo M Tavares: "Há um livro que me é caro, Cartas à Lucílio. Sêneca ensina que temos de agir sabendo que vamos morrer. A consciência da morte muda o modo como utilizamos o tempo. Sêneca diz: 'Ao invés de se queixar da falta de tempo, veja o que é essencial e o que é acessório. Fazes somente o essencial e verás: tens tempo'".
Fácil não é. O que quero fazer nesta vida? Se sou, pelo menos um pouquinho, crente no espiritual: o que me vai preparar para a outra vida? Tendo respondido estas questões existenciais estamos prontos para distinguir o "essencial". Daí, resta ter força para resistir a tudo o que tentar nos desviar. E olha que as tentações são muitas e difíceis de resistir. Mas quem nos enganou dizendo que neste planeta as coisas seriam fáceis?
Então, fazendo o essencial, vamos ter tempo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Deus ainda não nos disse sua última palavra.

Considerações sobre religião feitas em 1847: "Toda religião que não admite a lei do progresso humano ou da revelação progressiva e que ensine que em dado instante da existência da humanidade, Deus tenha dito aos homens a sua última palavra [Deus não muda] está fadada a desapacer".
Foi naquele meio do século 19, quando as ciências da Química e da Física faziam grandes descobertas sobre a matéria, que surgiram diversas denominações religiosas. Paradoxalmente, todas apegadas a interpretação literal da Bíblia e desconsiderando os avanços das ciências.
George Sand, analisando o que a Revolução Francesa fez com a religião e logo em seguida a capitulação de Napoleão diante dela diz: "Nas épocas de renovação não é a ausência de idéias que as tornam cegas; é, pelo contrário, a diversidade de descobertas que tornam nações e homens irresolutos. De 1798 a 1802, sentimo-nos perturbados e fomos induzidos a buscar milagres e novamente buscar ser guiados por 'um homem providencial' e voltar a velha religião".
Sand deduziu, do que Napoleão deixou escrito, que para ele "'a doutrina cristã ainda é a mais elevada. Todavia, a Igreja Católica perdeu a noção do verdadeiro cristianismo. O clero se tornou perigoso. Imponhamos a Santa Sé o dever de reunir um concílio que debata as questões vitais da sociedade e condene o absolutismo católico e a volta ao Evangelho'". Ela comenta: "Mas ele só cuidou do lado administrativo da Igreja tomando para sí o trabalho de nomear os bispos e decidir o salário dos sacerdotes".
George Sand em seu livro A História de Minha Vida, escrito em 1847, não muito tempo depois da morte do imperador, diz que mesmo com o poder e a força que possuía e ainda que entedesse que a Igreja precisava de uma tal reforma que melhor seria começar uma nova religião, Napoleão não ousou fazê-lo. Tudo tem seu tempo certo e a época de Henrique VIII e sua religião inglesa, o anglicanismo, criada para substituir o catolicismo nas ilhas da Grã-Bretanha, há muito tinha ficado para trás. A história não pára.

sábado, 27 de novembro de 2010

Vi a alma fugindo pelos olhos daquele homem

Partindo numa Jornada
por Ray Bradbury

"Quando eu era muito criança, não tendo mais que uns doze anos de idade, um parque de diversões costumava aparecer na minha cidadezinha ao norte de Illinois todos os fins de semana em que se comemorava o Dia do Trabalho. Nesse parque de diversões se apresentava um ilusionista ambulante e antigo pastor presbiteriano destituído de suas funções sacerdotais (assim dizia ele), chamado Mr. Eléctrico. Em cada outono caminhávamos ao longo da orla do lago Michigan, atrás do parque, e discutíamos grandes filosofias (minhas) e pequenas (dele). Se vocês pensam que estou pilheriando, reflitam sobre como a capacidade de filosofar costumam minguar, em vez de crescer, com a passagem do tempo.
De qualquer forma, foi durante uma dessas caminhadas que Mr. Eléctrico me revelou que tínhamos nos conhecido antes, muitos anos antes de eu nascer. Uma coisa dessas sempre foi uma notícia e tanto para um garoto de doze anos de idade! Pensar que já se viveu uma ou duas vezes neste estranho mundo, e ouvir de um homem mais velho a narrativa de um encontro de almas muito além da capacidade da memória é delicioso.
Onde tínhamos nos conhecido? Em Argonne, França, durante a Primeira Grande Guerra. Eu morrera em seus braços, em meio ao combate. E ele tinha visto minha alma fugindo pelos olhos daquele homem, a mesma alma que com novas forças veio a ser chamada de Ray Bradbury num dia de verão, em fins de agosto de 1920.
Bem, é claro que eu considerava Mr. Eléctrico um tipo notável, e gostava tanto dele que batizei um personagem com seu nome em uma novela".
Este trecho em que um antigo pastor presbiteriano fala de reencarnação encontrei no livro Marte e a Mente Humana. Ray é escritor de ficção científica e autor de Crônicas Marcianas e como ele mesmo diz: não custa sonhar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Leia a Bíblia e encontre nela uma mensagem pessoal

É um pequeno ato de fé - ninguém ouza dizer que é uma simpatia - abrir a Bíblia ao acaso e ler para si o primeiro versículo que cai sob nossas vistas. E funciona, parece uma resposta pessoal ao problema que estamos enfrentando, um conselho para o momento que vivemos. Como é possível que milhões de pessoas, em lugares tão diversos e tendo necessidades completamente diferentes encontrem a palavra amiga de um Pai interessado em nosso bem estar? Que livro poderoso é este, a Bíblia?
O livro Código da Bíblia tece o seguinte comentário: "Desde o início de minha busca, sempre soube que havia algo sobrenatural no código da Bíblia. Nenhum ser humano poderia ter enxergado três mil anos no futuro e codificado na Bíblia os detalhes do mundo de hoje".
O código que alguns estudiosos encontram na Bíblia é revelado de uma maneira mais complicada, mas mais específica. Transformando o texto do velho testamento em uma linha contínua de letras um programa de computador escolhe letras salteadas em todas as direções e encontra mensagens escondidas no texto mostrando um outro jeito de interpretar uma passagem.
"Se o código contém conhecimentos detalhados do mundo inteiro, então também estão preditos conhecimentos sobre cada um de nós. Um sábio do século XVIII alcunhado o Gênio de Vilna assim concluiu: 'A regra é que tudo aquilo que foi, é e será até o Fim dos Tempos esteja incluído na Torah, da primeira à última palavra. E não meramente em um sentido geral, mas com detalhes sobre cada pessoa individualmente, e com detalhes dos detalhes de tudo o que lhes aconteceu desde o dia de seu nascimento até sua morte'. A sugestão é que nosso futuro já era conhecido no dia da nossa criação, que a história de toda a humanidade já estava escrita antes de acontecer. Desse modo, se conseguíssemos lê-la agora, veríamos tudo o que já aconteceu e também tudo o que ainda iria acontecer à raça humana".
Gente, que palavra poderosa é esta!?

domingo, 21 de novembro de 2010

Carregando a mão na educação

O que desejar da mulher que chegou a presidência desta grande nação? Se olharmos para a História encontramos uma pista em Numa, o segundo rei de Roma. O historiador Plutarco fez sua biografia em Vidas Paralelas: "Numa un hombre sabio, que fue llamado al trono de un pueblo recién constituido, ¿en qué otra cosa debió pensar antes que en la educación de los niños y en los ejercicios de los jóvenes, a fin de que no fuesen diversos o chocantes en sus costumbres, sino que antes fuesen formados y como amoldados desde el principio por una misma norma de virtud común a todos".
Entre as nações os romanos eram um povo novo, como o Brasil. Então, qual foi o foco do governo de Numa?, a educação dos jovens. Com ela ele resolvia outro problema, diminuia a violência causada pela desigualdade.
A História apresenta outro exemplo para a presidenta Dilma, Licurgo, em Esparta que se preocupou com
a formação profissional deles. Com a palavra, Plutarco: "La educación de los hijos, de sus reuniones y banquetes, los ejercicios, y los juegos y de sus hábitos, el mismo Licurgo se mostró legislador aventajado en no haber dejado al arbitrio o conveniencia de los padres el destino de los hijos. Hacer a uno labrador, otro constructor de barcos, o ya aquel o dedicase a latonero o a flautista, con designo de hacer útiles para un fin mismo, dirigiendo sus costumbres, a la manera de los pasajeros de una nave, cada uno hubiera de tener su objeto y su designio propio, sin poner en común otra cosa que su particular miedo en los peligros, no mirando los demás, mas cada uno sino a sí mismo".
Uma coisa preocupa e, quem sabe, o governo de Dilma pudesse achar uma solução democrática: "sus reuniones y banquetes". O que os jovens estão bebendo e usando drogas é preocupante e como interfere na ordem pública não se deve deixá-los "al arbitrio o conveniencia de los padres". Leis rigorosas podem dar um rumo melhor a muitos destinos.
No mais cada qual governando com cuidado sua vida e mantendo uma boa relação com a família estaremos ajudando um bocado a presidenta.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Israel está em perigo terminal

"Mostrei ao general Omri, onde 'Sharon' e 'Arafat' apareciam junto com 'Fim dos Dias', e também os alertas de 'holocausto atômico' e 'guerra mundial' em 2006".
Este trecho é do livro Código da Bíblia 2. O escritor Michael Drosnin falou com o acessor militar do primeiro ministro de Israel, um que não queria mais conversa de paz com os palestinos, sua diretriz era: dobrá-los pela força das armas, com muitas mortes.
"- Bem, o que isso significa? - perguntou Omri - E o que podemos fazer?
- Eu acho que significa que Israel está em perigo terminal e que vocês têm cinco anos para encontrar um meio de sobreviver. Mas estou certo de que o futuro pode ser mudado. Foi por isso que vim ver você.
Eu sabia que Omri era totalmente secular. Perguntei-lhe se ele poderia levar a sério o código da Bíblia.
- Sim - respondeu".
Este escritor, também judeu, estava se tornando um proselitista, alguém convencido de uma verdade e que insisti em fazer outros crerem na mesma coisa. E qual era sua crença: que um código dentro da Bíblia avisava que o fim da humanidade está muito ligado a Jerusalém, e que se os judeus partissem para uma guerra com os árabes estaria atraindo o uso de arma nuclear contra Israel por algum terrorista e isto seria o fim da nação judaica e o começo do fim da raça dos homens.
Então, igual ao apóstolo Pedro ele tinha de dizer: não posso ficar calado sobre isto!
"- Detesto dizer isso tão cruamente - observei. - Se tivéssemos mais tempo, eu diria a mesma coisa de modo mais suave. Só que eu estou tentando há meses falar com o primeiro-ministro e gostaria que você entendesse e dissesse a ele que estamos falando da sobrevivência de seu próprio país.
- Eu lhe prometi que falaria com Sharon e vou falar - disse Omri - Eu não sou um homem religioso, mas acredito realmente que aqui há forças sobrenaturais que afetam os acontecimentos".
Assim pedindo entrevista com os líderes norte-americanos, israelitas e palestinos e fazlando de avisos que encontrou codificado na Bíblia ele talvez tenha evitado um guerra mundial.
Em minha experiência de vida o que percebi é que não se precisa falar mansamente com um oponente para convencê-lo, pode-se falar duro, mas o que faz a diferença - não sei dizer como fazer, mas aprendi a fazê-lo - é se "amar" o outro, respeitá-lo como próximo. Então, com firmeza mostrar o que estamos vendo, o que talvez mais ninguém, ou poucos, percebam.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Existe nela qualquer coisa anterior

Quando George Sand escreveu História da Minha Vida, por volta de 1850, Alan Kardec começava seus estudos com os espíritos, e ambos defendiam a mesma proposição quanto as crianças: "Não é a infância um estado misterioso cheio de inexplicáveis prodígios? Antes de se formar ao seio materno, já não vivia uma existência qualquer no seio de Deus? Acaso não provém de um mundo para o qual terá de voltar? Quem poderá dizer por que um objeto a alegra e outro a assusta? Existe portanto nela qualquer coisa anterior a toda noções que a educação lhe pode dar".
Então, ela cita um caso na infância que lhe perturbou até a velhice: "Lembro-me de que, de outra feita, brincando de roda escutei uma canção que dizia: nous n'irons plus au bois, les lauriers sont coupés. Eu nunca estivera num bosque e, ao que me consta, nunca vira um loureiro, mas ao que parece sabia o que significavam. Saí da roda e mergulhei numa sentida melancolia, fazendo esforço para não chorar, a tal ponto me sentia triste. Quem quiser que explique as esquisitices da infância, mas esta foi tão marcante que nunca pude olvidar".
Somos seres antigos com uma memória de muitas vidas que não podemos lembrar, mas vez por outra algo nos faz recordar o que está guardado nela.

domingo, 7 de novembro de 2010

Deus não é meu nem seu

Vamos entrar no 11º ano do século 21, nesta mesma época no século 20 as pessoas viviam com o peito cheio de orgulho de sua nação e prontos a aceitar brigar com qualquer um que desafiasse seu país. Tudo se encaminhou para a 1ª Grande Guerra. Agora que o nacionalismo anda sossegado surge outro perigo, o fanatismo religioso, as pessoas batendo no peito e dizendo que Deus está com ela e contra os outros. Isto pode provocar uma repetição das desgraças acontecidas há cem anos. O livro Código da Bíblia 2, diz:
“Se um dia, quando Osama bin Laden for arrancado de sua caverna, as pessoas certamente farão a mesma pergunta que está em Isaias 14:12-17 ‘É este o homem que fazia a Terra tremer?’ Como foi que deixamos o mundo à mercê de um bin Laden qualquer, um fanático religioso capaz de destruir a civilização que ele despreza, com a tecnologia avançada dessa mesma civilização? Como foi que deixamos esse lunático imprevisível pôr as mãos em armas de destruição em massa? Se isso nos acontecer agora, depois que nossos olhos foram abertos, será porque nos recusamos a ver todo o perigo do fanatismo religioso apocalíptico em um mundo que perdeu o controle de sua tecnologia militar e até mesmo de seus arsenais nucleares. Mas se é a tecnologia que dá poder aos terroristas e é a religião que os motiva, qual seria a solução”.
Vigiemos nossa fé. Se Deus existe Ele não é meu nem seu. É criador de todos nós.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tudo está mudando sempre

A forma de pensar de uma sociedade muda constantemente e em nosso tempo apressado a mudança ocorre mais rapidamente. Lia hoje cedo o comentário do diretor da Agência Nacional do Petróleo: "Precisamos apressar a exploração do óleo que está no Pré-sal senão, com a mudança do interesse do mundo por energia limpa - por causa do desastre ecológico nos EUA -, podemos acabar com um mico, um produto que ninguém mais quer." É assim, um conceito certo hoje, amanhã muda totalmente.
Estou lendo um exemplo disso no livro Guerreiros e Jesuítas na Utopia do Prata. Falando de Inácio de Loyola conta que leu muito o livro medieval Imitação de Cristo "que alertava para o pacifismo e a não-violência pregados por Cristo. Porém, como a sua realidade histórica era marcada pela guerra ao infiel, o resultado não poderia ser outro senão a defesa da 'guerra santa', o que representa um abandono ou um esquecimento da candura dos Evangelhos. Para justificar a 'guerra santa' (luta contra aqueles que estão
contra a unidade cristã), Loyola baseia-se em Tiago: 'De onde procedem guerras e contendas? Infiéis,
não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus (...) Sujeitai-vos, portanto, a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós' (Tg. 4: 1-7). Também na primeira carta de Paulo aos Coríntios a guerra parece ser defendida: 'pois também se a trombeta der som incerto, quem se prepara para a batalha?' (1 Cor 14,8). Passagens bíblicas como estas, segundo o autor dos Exercícios Espirituais, justificavam o uso da força na luta contra o Mal, pois elas defendem a harmonia universal da Cristandade antes que qualquer outro objetivo."
Com esta interpretação da Bíblia Inácio fundou uma escola de padres que junto com a educação cristã preparava a congregação para guerrear matando quem acreditava em outros deuses. Temos de ter cuidado. Mesmo uma informação no jornal ou na tv, pode estar disseminando uma atitude que depois veremos ter sido falsa, e que vai nos prejudicar.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Existem avisos de perigo

Sendo o homem e a mulher o produto de incontáveis mutações desde a mais simples forma de vida e a Bíblia apenas um livro escrito pela contribuição de diversos homens como é que em 2.000 anos ela continua consolando, ademoestando, edificando e prevendo o futuro? Sim, no livro Código da Bíblia 2 diz que nas palavras hebraicas, embaralhadas em suas letras, existem avisos de perigos para a raça humana, como se nós fossemos especiais para seres poderosos fora do nosso mundo:
"Tudo ainda me parecia irreal. Contudo, o alerta do código da Bíblia que havia anos eu tentava transmitir aos líderes mundiais, o alerta em que eu próprio mal acreditava, agora já era uma realidade visível. Mesmo antes que homens-bomba suicidas tivessem matado 150 israelenses em um mês, mesmo antes que Sharon começasse a travar sua guerra de extermínio contra os palestinos, já Tom Friedman, colunista do New York Times, dava quase o mesmo alerta: 'O conflito no Oriente Médio está começando a parecer o estopim de uma guerra de civilizações muito mais ampla'. Ele alertava (assim como eu) que 'armas de destruição em massa' nas mãos de terroristas poderia aniquilar a civilização.
O general israelense Kuperwasser disse que ele também levava a sério a ameaça de um "holocausto atômico" em 2006:  - Essa data está de acordo com nossas próprias análises sobre o ano em que um ou mais dos nossos vizinhos poderão ter força nuclear. Os norte-americanos estão obcecados com o Iraque. Quanto a nós, preferimos manter o foco sobre o Irã.
- Talvez vocês devessem também prestar atenção à Líbia - sugeri. - o código da Bíblia sugere com muita coerência que a Líbia será a fonte de uma arma, mesmo que o ataque real provenha de terroristas. Meses mais tarde, em 4 de setembro de 2002, o primeiro-ministro Sharon fez um pronunciamento na televisão israelense: 'A Líbia parece estar se tornando um país muito mais perigoso do que pensávamos. A Líbia poderá ser o primeiro país árabe a dispor de armas de destruição em massa'. Não sei se foi meu alerta.
Independentemente, tanto a CIA quanto o serviço secreto israelense tinham chegado à mesma conclusão: a ameaça de terrorismo nuclear atingiria o auge entre 2005 e 2007. O ministro da defesa israelense, Benjamin Ben-Eliezer, acabara de declarar em público que "por volta de 2005, o Irã terá forças nucleares que ameaçarão a nós, à região e possivelmente ao mundo inteiro".
É por estes avisos que as nações membros da ONU vêem tomando cuidado com o beneficiamento de urânio pelo Irã. Lula que não crê ou desconhece estas informações proféticas, acha que o enriquecimento de urânio por esta nação, que é nosso parceiro comercial, devia ser permitido. 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A posse é quase nada

Allons dans la grange
voir la poule blanche
qui pond un bel oeuf d’argent
pour ce cher petit enfant
É uma canção de ninar francesa, do tempo de Napoleão. George Sand fala dela e da impressão que lhe causava ainda criança. Numa granja muito longe tem uma galinha branca que põe um ovo de prata para meu querido nenem. Em seu livro História de Minha Vida ela nos leva a infância e nos coloca no coração de um pequenino: “A ti também, por certo, durante anos, prometeram coisas nas histórias e canções de ninar que não despertava a tua ambição mas que te parecia ser o mais gracioso presente. [na minha meninice a cançao dizia: a bacia é de ouro areada com sabão, depois de areada te vestem um roupão, o roupão é de seda camisinha de filó...] E que teria feito deste presente se o tivesses ganho? Tua natureza irrequieta e inconstante não tardaria a cansar-se dele. Mas a imaginação faz muita coisa de um nada, é esse seu feitio, e a história desse ovo de prata é talvez a de todos os bens materiais que provocam a nossa cobiça. O desejo é muito; a posse é quase nada”.
Recebi de um amigo um belo PowerPoint que diz: “todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando se está escalando-a”. A ambição é uma força maravilhosa que nos impulsiona até lá em cima, mas cuidado, ela não pode nos cegar quanto aos princípios e ética, honra e respeito ao semelhante, porque o belo é a busca, ao conseguir logo se descobre que o “ovo de prata” ou o “roupão de seda” se desfaz como o ar.

Se Deus Quiser!

A expressão, “se Deus quiser”, ainda é muito usada, apesar de cada vez mais o homem tomar em suas mãos o sucesso ou o fracasso de seus planos. Mas nos tempos antigos, muito mais antes do nascimento de Jesus, as pessoas, mesmo grandes personagens como Júlio Cesar, criam que os deuses faziam o destino humano. No livro Guerras contra os Gauleses, ele conta como aproveitando que o exército suíço atravessava um rio largo, quando três quartos já haviam atravessado, ele atacou os retardatários e tanto matou a muitos como desbaratou-os. E disse:
"Pues que suelen los dioses inmortales, cuando quieren descargar su ira sobre los hombres en venganza de sus maldades concederles tal vez prosperidad con impunidad más prolongada, para que después les cause mayor tormento el trastorno de su fortuna".
Em que você acredita? Deus, Senhor de todos os universos, de todos os mundos, se preocupa contigo? Jesus, o porta-voz dEle, revelou-nos um mistério: "busque a Deus, pois Ele não está muito longe de cada um". Hoje, com o mundo virtual da internet, podemos acessar uma informação que está no outro lado do mundo. Nada mais está muito longe da gente. Então, é tudo "se Deus quiser", ou estamos só por nossa conta e risco?

domingo, 31 de outubro de 2010

Vivendo com uma garantia

A aflição pelo que pode nos suceder ou por uma aparente situação sem saída, num istante, pode se transformar em medo e nos paralizar. Quão bom seria termos uma garantia de que, apesar dos percalços, a vida sempre seguiria segura. Na História dos Judeus, de Josefo, comentando a vida do patriarca Jacó, conta sobre um momento particularmente difícil na vida do jovem. Jurado de morte pelo irmão, vagando longe de casa e com um futuro completamente incerto, ele sonhou que um anjo de Deus lhe falava:
"Por que vos deixais abater pela dor? Concebei melhores esperanças. Grandes bens vos esperam, e eu
jamais vos abandonarei. Tornei feliz o vosso pai, e vós não o sereis menos que ele. Coragem! Continuai o vosso caminho, nada temais. Sob o meu governo o vosso casamento será como desejais: tereis muitos filhos, e vossos filhos terão ainda mais. Sua posteridade se multiplicará de tal modo que todas as terras que o Sol ilumina serão povoadas por eles. Nenhuma tribulação e nenhum perigo serão capazes de vos assustar. Desde já tomo cuidado de vós, e tomarei ainda mais para o futuro".
Que garantia, hem?
"Uma tão favorável visão encheu Jacó de consolo e de alegria. Ele então fez o voto de que ali voltaria e ofereceria a Deus a décima parte de todos os seus bens".
Já conseguiu juntar bastante bens? A vida, afinal, não tem sido boa, como o Criador te prometeu? Então, deve estar na hora de distribuir, não com uma religião (Deus está em toda parte), mas "o que fizerdes a um dos mínimos de seus irmão a mim está fazendo".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bem-estar e felicidade, combinam-se com serenidade

O dia está uma pintura. Viajando de ônibus para Nova Iguaçu admiro a paisagem verde e azul dourada pelo Sol forte ao mesmo tempo que releio Brasil País do Futuro. Na já longínqua década de 1950 o escritor assim descrevia o brasileiro: "Em São Paulo, o operário, adaptado a uma organização européia e num clima mais favorável, produz exatamente o mesmo que qualquer outro doutra parte do mundo. Mas mesmo no Rio de Janeiro observei, centenas de vezes, pequenos sapateiros e alfaiates trabalharem até tarde da noite em suas acanhadas oficinas e deveras me admirei de como nas construções com um calor infernal, em que só o erguer o chapéu do chão já é um esforço, o difícil trabalho de carregar material continua sem interrupção em pleno sol. Não são, pois, absolutamente a capacidade, a boa vontade e a velocidade individuais que são inferiores. O que no conjunto falta é a sofreguidão européia ou norte-americana de por meio de esforço dobrado progredir na vida mais depressa; é, pois, antes certa falta de estímulo que mantém em nível baixo a dinâmica total. Os indivíduos aqui não querem muita coisa, não são sôfregos. Após o trabalho ou nas horas do trabalho, conversar um pouco, tomar café, é natural. Ter sua alegria na vida doméstica e no lar é para a maioria o suficiente. Todos os graus do bem-estar, da felicidade, combinam-se com essa calma e serenidade. Sucede freqüentemente, segundo ouvi de várias pessoas, que após o recebimento do salário, o trabalhador falta dois, três dias ao serviço. Cumpriu com diligência e presteza o seu serviço na semana anterior e ganhou o suficiente para, da maneira mais modesta, modestíssima, passar dois dias sem trabalhar. Para que então trabalhar esses dois dias? Rico não poderá ficar com esses poucos mil-réis; é, pois, preferível gozar calma e comodamente esses dois ou três dias. Talvez seja necessário termos visto a exuberância da natureza daqui para compreender isso. Ao passo que numa planície triste e sem encantos, o trabalho é a única maneira de evitar a depressão".
Infelizmente nós brasileiros já embarcamos nesta correria européia, até no futebol. Agora, os cientistas e ecologistas dizem que a humanidade, se quizer sobreviver, terá que aprender com o jeito brasileiro de ser, tranquilo, sem invejar quem tem muito e produzindo o necessário para viver. O planeta não aguentará a sofregidão dos humanos, o querer ter sempre mais e muito além do que precisa. Mais do que nunca ainda vale o que o mestre Jesus ensinou: O pão nosso de cada dia nos dai hoje.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As palavras tem poder.

Para alguns isto significa que os sons que formam o logos é um mantra, atrai energias que afetam nossa vida e saúde. Outros entendem que ela possui um valor legal que, mal aplicada, pode nos enredar em graves prejuízos. E ainda outros julgam que a palavra tem o poder de mexer com nossa psiqui, e é isto que o filósofo francês Roland Barthes comenta a propósito de uma exposição de fotografias: "Se presentó en París una gran exposición de fotografía, cuyo objetivo era mostrar la universalidad de los gestos humanos en la vida cotidiana de todos los países del mundo. Nacimiento, muerte, trabajo, saber, juegos, imponen por doquier las mismas conductas; existe una familia del hombre.The Family of Man, ha sido al menos el título original de esta exposición que nos ha llegado de los Estados Unidos. Los franceses tradujeron: La Gran Familia de los Hombres. De este modo, lo que en principio podía pasar por una expresión de orden zoológico, que tomaba simplemente la similitud de los comportamientos, la unidad de una especie, se muestra entre nosotros profundamente moralizado, sentimentalizado".
Ele diz que o acréscimo de uma única palavra, grande, mudou toda temática da exposição. Se não, vejamos. O título americano, A família do Homem, nos faz lembrar que existem outras famílias de seres vivos. Então quem vinha observar as fotos pensava em biologia e ciência. Mas quando, na França, a exposição ganhou o nome de A Grande Família Humana, remetia os visitantes a cultura, religião e modo de vida humanos.
"De pronto, nos encontramos súbitamente devueltos al mito ambiguo de la comunidad humana, una parte considerable de nuestro humanismo. El mito funciona en dos tiempos: se afirma primero la diferencia de las morfologías humanas, se cargan las tintas sobre el exotismo, se manifiestan las infinitas variaciones de la especie, la diversidad de las pieles, de los cráneos y de las costumbres, se babeliza a discreción la imagen del mundo. Después, de ese pluralismo se extrae mágicamente una unidad: el hombre nace, trabaja, ríe y muere en todas partes de la misma manera".
Somos todos tão iguais! Somos mesmo uma grande família.

A sorte da imigração para o Brasil

Leia esta arguta constatação no livro Brasil, País do Futuro:
"Essa imigração de quatro a cinco milhões de brancos nos primeiros cinqüenta anos do século 20 importa num enorme acréscimo de energia para o Brasil e ao mesmo tempo lhe proporciona uma imensa vantagem no ponto de vista da civilização e da etnologia. A raça brasileira, que, por uma importação de negros durante três séculos, está ameaçada de se tornar cada vez mais escura, cada vez mais africana, clareia formando um tipo de mulher que embeleza a humanidade, a mulata. Além disso, o elemento europeu, em oposição ao crescente número de escravos analfabetos, eleva o nível geral de civilização. Essa entrada de milhões de europeus por volta do começo deste século representa uma das maiores sortes para o Brasil, e, na verdade, uma sorte dupla. Dupla, primeiro, porque essas forças vigorosas e sadias chegam em tão grande número ao país, e segundo, porque a sua vinda tem início exatamente no momento histórico oportuno. Se uma imigração de tal vulto se houvesse dado muito mais cedo, se esses milhões de italianos e alemães tivessem aqui chegado um século antes, quando a civilização portuguesa constituía apenas uma camada delgada, essas línguas e
costumes estrangeiros ter-se-iam apossado de diversas províncias e grandes partes do país ter-se-iam italianizado ou germanizado. Ao invés de tornar estrangeiro no Brasil o que é brasileiro, essa poderosa imigração só fez tornar o que é brasileiro, ainda mais forte e mais variado".
Aconteceu uma série de fatos em nossa história que parecia ter sido desvantajoso para nós. O Brasil foi ficando para trás diante de outras nações, mas estes mesmos encontros históricos estavam nos preparando para um momento certo no futuro. O ponto que o historiador defende neste livro é que nosso país é predestinado e ainda vai ter um papel importante no mundo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A demonstração de religiosidade de Dilma

Relembrar a história elucida razões escondidas hoje e antecipa possíveis acontecimentos. Por isto volto a Napoleão e o que dele comenta George Sand.
1804 - "Essa Concordata tão elogiada representa um dos mais fatais desvios da gloriosa carreira de Napoleão. Foi ela que, com toda naturalidade, preparou o despotismo hipócrita da Restauração. Foi um ato puramente político, pois o primeiro cônsul não acreditava em religião. Não pode haver maior profanação de algo respeitável do que impô-lo aos outros sem aceitá-lo pessoalmente. É o mesmo que fazer dele um joguete".
A França não ia bem. Bonaparte percebeu que a Razão não preencheu o lugar da Fé. Então, decidiu dar uma trégua na perseguição aos sacerdotes corruptos e delinqüentes e dar liberdade de culto aos católicos, mas o papa exigiu mais. Se o revolucionário pretendia o apoio da Igreja, ver Notre Dame e Sacre Coeur regorgitando de gente alegre e os padres cuidando das almas tinha de colocar por escrito que a Revolução não desprezava Deus ou o Catolicismo. Também exigia o direito de opinar politicamente. Assinaram a Concordata.
"Nem os legisladores, nem o exército e nem a burguesia queriam a religião sob a forma de instituição política. Todos os cidadãos inteligentes eram adeptos da filosofia de Rousseau e Voltaire que defendiam o princípio de que a fé devia se submeter a razão".
2010 - Durante a campanha pelo segundo turno da eleição presidencial Dilma Roussef é acusada de não ser cristã e defender o aborto, levanta-se uma grita geral. Lula e o partido temem que ela perca votos. A candidata inicia uma campanha de desmentidos discutindo em público opiniões de foro íntimo. E então, na segunda-feira, 11 de outubro, aparece ajoelhada em Aparecida. Napoleão fez a mesmíssima coisa em Notre Dame. Sand relata: "O pálio sob o qual foi recebido o cônsul tinha o aspecto de um dossel de cama de hospedaria enquanto o do cardeal era quatro vezes mais rico. No momento da elevação o cônsul se ajoelhou, mas nenhm dos quarenta generais por trás dele se mexeu, o que formou um engraçado contraste".
Napoleão, e talvez Dilma, guardou isto em seu coração. George Sand conclui: "É-nos lícito pensar que Bonaparte viu neste 'remendo papal' que sua usurpação da República seria aceita pelas velhas monarquias da Europa".
Será que a história se repetirá e se o PT continuar no poder vai querer se perpetuar nele?E vamos ter de engolir outra holigarquia por tempo indeterminado?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O atentado contra Lula

"O 9º ano da República foi, na realidade o ùltimo. O atentado contra Napoleão - uma bomba colocada por onde ia passar dá ao cônsul a mais nítida noção da sua importância, o senso de seu poder para mudar o rumo da França. Agora, bem mais que os riscos, sente uma singular confiança no seu destino pessoal. Não se pode precisar, em absoluto, onde termina a superstição de uma imaginação ardente e onde começa o charlatanismo de um espírito cético e desabusado nessa grandiosa maneira de se entregar à sorte, nessa audácia que se transforma, desde aí, na base de sua poderosa ambição". Este trecho do primeiro volume de História de Minha Vida, de George Sand, me fez pensar em Luis Inácio Lula da Silva.
Há os que vão me chamar louco: comparar Lula com Napoleão! [não é trocadilho não]
"Bonaparte personifica o gênero humano na sua individualidade, não mais crê senão em si próprio; seu partido é sua vontade, seu deus é sua própria inteligência".
O atentado contra Lula, a bomba que colocaram no caminho do metalúrgico de pouca instrução que chegou a presidência de um dos maiores países do mundo, foi os conchavos, as negociatas de seus companheiros mais estudados que lhe garantiram de cima de seus cinismos: não tem erro, o país está dominado, podemos fazer qualquer coisa que vai dar certo! Tenho certeza que Lula pensou: não foi isto que D. Eurídice Ferreira de Mello me ensinou, mas governar um país deve nos permitir ter outros princípios. Quando rebentou o escândalo, Lula, só consigo mesmo, pensou: esses filhos da puta no fundo me odeiam tanto quanto um Fernando Henrique, não aceitam o meu destino, fodam-se. [as palavras chulas são para ser ditas só no fundo do coração].
"Pouco a pouco a França irá sofrer a mesma transformação por qual passou seu líder, perdendo a fé na glória da pátria irá crer só em si mesma. Não será mais o paládio do interesse comum, mas sim a garantia dos interesses individuais".
Não zombe de mim. Como Napoleão que pensava como Luís XV: eu sou a França, Lula corre sozinho e pensa: o Brasil sou eu, e seu exemplo se espalha por todo país, estamos todos sós, não há Deus, nem Pátria, nem Família. Como talvez reagisse desde que era uma criança nordestina, Lula pensa: farinha pouca meu pirão primeiro.
[depois falo do que sucedeu depois]

sábado, 16 de outubro de 2010

Intenções por trás das palavras

Minha esposa [veja como são os signos, pensei dizer companheira mas ela detesta esta designação; para mim companheira remete a idéia de colega e amiga nesta vida, para ela significa uma relação ilegal entre um homem e uma mulher, o que ela abomina] diz que minhas conversas com ela começam sempre com a expressão "eu li uma coisa", porque quando leio algo que me agrada, me acrescenta ou me desperta, preciso contar para alguém. Foi esta mania, ou necessidade, que me fez escrever este blog.
Agora mesmo (ainda é cedo, mal acabou de clarear o dia), comecei a ler o livro Mitologias, do adimirável pensador francês Roland Barthes, e no prefácio explica que é uma coletânea de crônicas que ele escreveu ente 1952 e 1954:
"Yo intentaba entonces reflexionar regularmente sobre algunos mitos de la vida cotidiana francesa. El material de esa reflexión podía ser muy variado (un artículo de prensa, una fotografía de semanario, un film, un espectáculo, una exposición) y el tema absolutamente arbitrario: se trataba indudablemente de mi propia actualidad".
Confirmou-se para mim que para a maioria dos escritores escrever é uma forma de se atualizar.
"Escritos mes a mes, estos ensayos no aspiran a un desarrollo orgánico: su nexo es de insistencia, de repetición. Aunque no sé si las cosas repetidas gustan -como dice el proverbio- creo que, por lo menos, significan. Y lo que he buscado en todo esto son significaciones. ¿Son mis significaciones? Dicho de otra manera, ¿existe una mitología del mitólogo? Sin duda, y el lector verá claramente cuál es mi apuesta".
Estou ansioso para ler seus ensaios. Homem muito perspicaz - pega um objeto, um fato, e o vê de um modo que a nós nos escapa - analisou os signos por trás da descrição dele, do fato, conforme a mídia passa para nós, tentando nos enganar, talvez?
"Pero, en realidad, no creo que el problema se plantee exactamente de esta manera. La "desmitificación", para emplear todavía una palabra que comienza a gastarse, no es una operación olímpica. Quiero decir que no puedo plegarme a la creencia tradicional que postula un divorcio entre la naturaleza y la objetividad".
É o que espero ler. Talvez, depois, consiga estar mais preparado para ver as verdadeiras intenções por trás das palavras.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um mito construído sobre outros mitos

Quando conversei com um jovem advogado, nesta manhã, lembrei-lhe que Paulo aconselhou: "Leia de tudo, retenha o que é bom". Justamente estava lendo o ensaio Origem do Cristianismo, controverso e anticristo. O autor compara a história de Jesus Cristo com Filhos de Deus de outras relilgiões.
"El cuento del evangelio de Jesús no es una representación verdadera de un maestro histórico quién caminaba sobre la tierra hace 2.000 años. Es un mito construido sobre otros mitos y dioses-hombres, que alternadamente eran personificaciones del mito ubicuo del dios del sol. La historia de Mitra, deus persa, precede a la fábula cristiana en mas de 600 años. Mitra tiene los siguientes campos en común con el carácter de Cristo:
Mitra nació de una virgen el 25 de diciembre y lo consideraban un gran profesor y maestro que viajaba del cidad in ciudad.
Le llamaban 'el buen pastor' y lo consideraban 'El camino, la verdad y la luz'.
Lo consideraban 'el Redentor', 'el Salvador', 'el Mesías' y lo identificaban con el león y el cordero.
Su día sagrado era domingo, 'día del Señor' centenares de años antes de la aparición de Cristo.
Él tenía su festival principal el cual más adelante se convertiría en la Pascua.
Él tenía 12 compañeros o discípulos y realizaba milagros.
Lo enterraron en una tumba y después de tres días él se levantó de nuevo.
Los persas celebraban su resurrección cada año".
Mitra era o enviado de Deus para a relilgião Persa mil anos antes de Cristo.
E fala de outros deuses como Krisnah, indú e Hosiris, dos egípcios, e as coincidências entre a vida deles com a de Cristo.
Por todos estes pontos em comum o autor conclui que Jesus é uma lenda inventada por galileus sem erudição para defrontar os fariseus corruptos. Bem, como é que pessoas sem instrução como o pescador Pedro e o coletor de impostos Mateus iam criar uma história coincidindo com a de deuses que eles não conheciam?
Sabe, cada um acredite no que quiser!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Fale mal das drogas

É preciso falar das drogas, substâncias químicas que modificam o ego, a personalidade, e interferem na vida do usuário. Elas podem ser usadas por curiosidade, para dar prazer ou conferir uma aparente coragem frente as dificuldades. Todas razões de fundo egoísta, o usuário pensando só em si mesmo, descartando a importância dos laços familiares e as obrigações para com a sociedade que nos abriga.
É fundamental que cada pessoa levante esta questão, o uso de drogas, sempre que puder, em que ambiente estiver. É sério, é uma guerra.
Os jornais noticiaram um massacre no México e informaram que "nos últimos 18 dias, mais de 3.000 pessoas morreram em crimes associados à ação do narcotráfico". Desde o início do governo do presidente Felipe Calderon, que adotou uma política militar de enfrentamento ao tráfico, "houve 963 confrontos entre as forças de segurança e as gangues das drogas, quase uma por dia, com a morte de 28.000 cidadãos".
Em agosto de 2010 o governo pidiu ajuda a sociedade para "um debate sobre a regulamentação das drogas, uma pluralidade democrática de opiniões". É a capitulação. Democráticamente uns entendem que "não alcançamos o que pretendíamos, a violência é crescente. Precisamos substituir a fracassada estratégia militarista pela legalização das drogas". Outros temem "que a ligalização faça crescer o consumo de drogas, especialmente entre jovens e adolescente. Haverá um aumento enorme do consumo pela diminuição no preço e pela disponibilidade".
Nosso país caminha para uma situação semelhante, então cada um que ainda tem brio não pode se calar. Faça tudo o que puder contra as drogas. Lembro que quando era garoto comecei a fumar cigarro. Um dia, num campo de várzea, jogava uma pelada e fumava ao mesmo tempo, eis que passa um amigo do meu pai. Pára vendo o jogo. Atiro fora a guimba crente que ele não viu. Mas ele me chama e passa uma reprimenda calma, mas firme. Dias depois meu pai me esculhamba na frente de meus avós. Tomei vergonha e nunca mais fumei. Então, não fique calado, fale das drogas, fale mal delas toda hora. Vai ajudar alguém.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Avisos codificados há 3.500 anos


O escritor de O Código da Bíblia deve ter ganho um bom dinheiro com seu livro, mas ele mesmo se tornou um crente na idéia de que no texto dos primeiros cinco livros da Bíblia tem criptografado várias revelações sobre os perigos de nossa época. Assim, usando a fama que ganhou, tem visitado gabinetes de vários presidentes alertando para alguns fatos. Lendo sobre seus esforços entendi porque GW Bush atacou o Iraque e a pressão de Barak Obama contra a pretensão do Iran de desenvolver o uso da energia nuclear. "Durante anos alertei os altos escalões do governo, em Washington e no Oriente Médio, de que o mundo poderia estar enfrentando um perigo só compreensível na escala das profecias bíblicas. Agora, eu via a realidade desdobrar-se diante dos meus olhos, a uma quadra da minha casa em Nova York. E eu estava certo de que esse era o começo, não o fim, de algo demasiado horrível para ser plenamente imaginado por qualquer um de nós".
Ele encontrou cifrado na Bíblia a revelação de que uma guerra atômica pode começar tendo por primeiro alvo Jerusalém.
"Recordei a Rips que 'guerra mundial', 'holocausto atômico' e 'Fim dos Dias' estavam todos juntos, codificados com um único lugar - e que estávamos, naquele exato momento, sentados conversando nele, a única cidade do mundo que era nomeada como o alvo, 'Jerusalém'".
Então, os líderes do mundo estão plenamente avisados: Todo cuidado com Jerusalém!, se ela sofrer um ataque atômico ninguém conseguirá segurar a violência que se espalhará pelo mundo todo e será o "fim dos dias" para a raça humana. O código da Bíblia não diz que vai acontecer, mas que está nas mãos dos governantes o poder de evitá-lo. Então, quando um Armadinejad diz que quer riscar os judeus da Terra, todas as nações o pressionam para não deixar o Irã ter capacidade de fabricar um artefato nuclear. Só o Lula, que não se liga nos estudos esotéricos ignora o aviso e fica colocando "panos quentes" e declarando que todas as nações - porque ele quer isso para a nossa - tem direito a dominar o enriquecimento do urânio.
Mas será que existe um código de avisos para nós num texto escrito a 3.500 anos???    

domingo, 10 de outubro de 2010

Aposentado e trabalhando

Ouso dizer que Licurgo, estudioso preocupado com o bem estar do próximo e inovador da legislação em Esparta há mais de 800 anos a.C, era um médium, isto é, comunicava-se com espíritos, seres de outras dimensões. Se não, leia:
"Elle oyó a su espalda una voz como de hombre que le reprendía, y se maravillaba de que no inclinase a sus ciudadanos a tener parte en aquella solemne junta; y como volviéndose a ver quién era, de ningún modo viese presente al que le habló, reputándolo por cosa divina, se dirigió a Ífito, y contribuyó a hacer la fiesta más magnífica y más estable".
As leis que ele fez aprovar eram de uma justeza que nos faz pensar que lhe eram igualmente sugeridas pelo mundo superior. Esta aqui era para o pessoal da terceira idade:
"La educación duraba aún en la edad adulta; porque a nadie se le dejaba que viviese según su gusto, sino que
la ciudad era como un campo donde todos guardaban el orden de vida prescrito, ocupándose en las cosas públicas, por estar en la inteligencia de que no eran suyos, sino de la patria: por tanto, mientras otra cosa no se les ordenaba, se ocupaban en ver lo que hacían los jóvenes; en enseñarles alguna cosa provechosa, o en aprenderla de los más ancianos. Porque de las cosas buenas y envidiables que Licurgo preparó a sus ciudadanos fue una la sobra de tiempo, no permitiéndoles que se dedicasen en ninguna manera a las
artes mecánicas".
Os anciãos em Esparta não se aposentavam. Se a idade avançada näo lhes permitiam participar de trabalhos pesados juntavam-se a área de educação ajudando alguma forma como amigo da escola. Usavam suas experiências e conhecimentos para ensinar aos jovens. Eram sustentados pelo Estado, mas não havia aposentadoria.
Com certeza era um ensinamento de outro plano, onde o trabalho e o servir nunca terminam.