sábado, 7 de fevereiro de 2009

A Sobrevivência dos mais fracos


Comentando a crise global, o senador Aloizio Mercadante, disse: “Nas épocas de maior pressão evolutiva, há extinções em massa e o surgimento de espécies mais adaptáveis. Ora, a crise exerce grande pressão evolutiva sobre países. Num processo darwiniano de seleção, a crise deverá prejudicar muitos, mas poderá beneficiar alguns. Esses últimos poderão se colocar, na nova ordem mundial, em posição vantajosa”.
Assim, uma companhia como a GM que resiste em construir carros mais econômicos e que usem combustível vegetal renovável devia se extinguir como os dinossauros. Acontece que a sociedade humana criou mecanismos para proteger os mais fracos, o oposto do que faz a natureza, e assim esses não adaptados vão freando e atrasando a marcha da humanidade para uma existência mais segura dentro das leis universais.
Por falar em dinossauros: o asteróide que se chocou com a Terra e modificou as condições climáticas que beneficiavam a existência dos grandes répteis e dificultava a sobrevida dos mamíferos, caiu aqui como parte de um infinito projeto divino para aprimorar os seres deste planeta até aparecer o homo sapiens ou foi tudo um acaso? Se aquela enorme bola de rocha não tivesse desviado o destino dos seres vivos neste planeta, ainda seríamos dominados pelos dinos?
Um colega mais religioso e que não consegue coadunar a evolução das espécies com a criação divina pode torcer o nariz para as coisas ditas aqui, mas pensando bem, foi antes de se compreender a seleção dos mais fortes que a sociedade humana não respeitava a vida dos indivíduos que nasciam com deficiência. Nossos índios não tinham a menor compaixão com um filho que nascia com membros defeituosos e os abandonava para morrer. Foi só depois que os conceitos de Darwin foram publicados, discutidos e assimilados pelos intelectuais é que estes lutaram para melhorar e proteger a condição dos que entre nós nascem com desvantagens, como os surdos e cegos, ou com membros mal formados. Assim, mesmo sabendo que aprimorar a raça humana é uma tarefa para os mais bem dotados protegemos nossos filhos que chegam à vida com dificuldades. Por que? É que aprendemos que somos um time, a raça humana é uma tribo com pessoas de diversos dons. Pergunte a uma família com um filho com síndrome de Down e seus membros vão contar como aquela criança frágil é uma benção para todos eles, como os mantém mais conscientes do valor da vida e menos prepotentes e criadores de casos.
Não podemos esquecer que quando houve a grande crise causada pelo asteróide que bateu em nosso planeta foram os mais fracos, os pequenos, sem carapaças, desfalcados de poderosas garras e dentes, os mamíferos fofinhos, é que mantiveram a vida neste planeta de rocha.
Ah, sim. Mercadante falou sobre posição vantajosa, a propósito da educação que faz um homem simples se tornar um poderoso guerreiro intelectual. “Nosso sistema educacional é precário, pré-analógico. A maior parte das crianças brasileiras não tem acesso às tecnologias que abrirão as portas do futuro. Convivemos com um apartheid digital que perpetua o apartheid social que nos amarra ao atraso”. Em tempos de aperto, de comprar menos, insentive seus colegas que ainda não usam o computador a comprar um e fazer um plano de comunicação pela internet.

Jesus, os nosso Mestre falou disso. Falou de internet? Quase (Lucas 14:12): "Quando você der um almoço ou um jantar convide os pobres, os aleijados, os coxos e cegos e você será abençoado"; agora leia assim: "Quando você tiver um bom computador e uma internet rápida convide os pobres, os aleijados, os coxos e cegos e você será abençoado". Vou fazer isso!

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