sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Uma Anã Marrom


Na Bíblia tem um livro de poesias no qual em uma delas o personagem é Deus e ele interroga um homem sofredor que não se conforma com sua penitência. Veja estes versos:
“Será que você pode amarrar com cordas as estrelas da constelação das Sete Cabrinhas? Ou soltar as correntes que mantêm juntas as Três Marias? ... Você conhece as leis que governam os céus?”
Isto deve ter sido escrito há uns 3.000 anos e de lá pra cá muitos e muitos homens e mulheres devotaram suas vidas a estudar “as leis que governam os céus”. Nesta busca de respostas um objeto estelar prendeu a atenção de vários astrônomos, eles o chamam de ISO-Oph 102. Não parece um planeta nem uma estrela. Tem 75 vezes o tamanho de Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Os cientistas decidiram chamá-lo de anão-marrom.
As anãs são estrelas pequenas, geralmente velhas estrelas que a força de gravidade delas mesma vai diminuindo seu diâmetro, como uma vovó idosa que vai encolhendo feito uma uva que vira passa. Elas podem ser vermelhas, laranjas e brancas. Mas a marrom não é do mesmo tipo dessas. É um corpo celeste defeituoso que não teve uma formação normal e nunca será uma estrela nem um planeta. Tanto uma quanto outro são feitos de uma bolha de gás. Este corpo com desenvolvimento excepcional forma uma massa sólida externa, mas tem o interior gasoso em fusão. A pressão abre buracos opostos na crosta por onde fluem moléculas de carbono que formam meios cinturões em volta da anã marrom. Que objeto estranho, não é?
Assim é a criação de Deus. Tudo o que existe foi feito em sete dias criativos. A forma básica feita por Deus vem sofrendo modificações e adaptações em miríades de formas. Sejam ínfimas bactérias ou enormes corpos celestes. Assim sempre surgem novas formas de animais e de objetos interestelares. No percurso aparecem seres mal formados que não conseguem sobreviver e corpos estelares disformes. Mas de algum modo, mesmo estes, cumprem sua missão neste plano gigantesco que é o universo tridimensional.

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