sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

DIA DO BATISMO E DOS REIS MAGOS

Nos tempos antigos, na colheita, deixava-se propositalmente para trás um restolho. Os necessitados vinham após os ceifeiros e colhiam o que ficou nos campos. O pesquisador é assim, não deixa nada para trás.

Na postagem passada contei que o livro Receber o Espírito Santo me ensinou que os cristãos do primeiro século comemoravam o Batismo de Jesus por João no dia 6 de janeiro. Hoje, esse dia é comemorado como o Dia de Reis. Fui procurar migalhas perdidas.
No site da Canção Nova sob a palavra Epifania do Senhor, diz que nesse dia os cristãos celebravam isso. Epifania significa manifestação, se dar a conhecer. Então, explica que no Oriente: Grécia, Turquia, Armênia, Rússia, os cristãos comemoravam o Batismo de Jesus por João. Foi naquele momento que o jovem carpinteiro de Nazaré se tornou conhecido como "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".
No Ocidente, Europa e África, comemorava-se a visita do reis magos ao menino e sua mãe. Ali ele foi revelado como o Messias esperado.
Na se comemorava o Natal, foi só em 353 que os bispos decidiram coincidir essa data com a festa tradicional em 25 de dezembro.
Não sei porque perco tempo pegando essas coisas que ninguém quer saber.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O CARNEIRO CARREGADO DE PECADOS

Lili e eu sentamos para estudar um livro Receber o Espírito Santo (p.59).
O teólogo nos revelou algo tocante: "João Batista desempenhou um papel crucial no Evangelho. Foi João Batista que transferiu todos os pecados da humanidade para Jesus, fez isso através do batismo no rio Jordão".

Ele cita um ritual dos judeus que prefigurou o que aconteceu com Jesus Cristo (Levíticos 16:20-22):
"Concluída a expiação do Lugar Santíssimo, da Tenda do Encontro e do altar, fará aproximar-se o bode ainda vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode e confessará sobre ele todas as iniquidades e rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o bode para o deserto, aos cuidados de um homem designado para isso. O bode carregará consigo todas as iniquidades do povo para um lugar solitário. E o homem soltará o bode no deserto".
O livro explicou: "O batismo de Jesus teve o mesmo significado da 'imposição de mãos' sobre a oferta pelos pecados no Templo judeu. Assim, todos os pecados da humanidade foram passadas para Jesus através de seu batismo por João Batista. As pessoas não percebem o poder desse batismo. Temos de considerar o batismo de Jesus por João como um componente indispensável para nossa salvação. Jesus teve de ser crucificado devido ao seu batismo por João. Foi com seu batismo, e só a partir dele, que Jesus se tornou 'O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo' (João 1:29)".
Não tinha conhecimento disso: quando João Batista pegou o primo Jesus e o mergulhou nas águas do Jordão estava colocando nele TODOS os erros da humanidade.
E o livro revela mais isso: "Os cristãos da igreja primitiva, nos dois primeiros séculos, ainda não comemoravam o Natal, mas comemoravam o diz 6 de janeiro como DIA DO BATISMO DE JESUS.
E termina afirmando: "Só por crer nesse belo Evangelho é que nos tornamos membros da IGREJA".
Fiquei impressionado, você não?!

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

NEM É BOM SABER

Nunca aceitei esse pensamento, sempre gostei de me inteirar de tudo. Então, agora que vou me submeter a uma herniorrafia quis saber em que ia me meter. Melhor, onde iam se meter no meu corpo. Assim, fui ler um trabalho sobre o assunto e os cirurgiões me assustaram:
"Não se pode discutir a anatomia do canal inguinal sem um conhecimento concreto do espaço miopectineo de Fruchaud. Este espaço corresponde a uma parte da parede abdominal anterior não muscular constituída apenas pela fáscia transversalis e peio peritoneu, pelo que torna esta região vulnerável ao aparecimento de hérnias abdominais. O espaço descrito por Fruchaud é delimitado superiormente pelos músculos oblíquo interno e transverso, inferiormente pelo ligamento pectíneo, lateralmente pelo músculo íleopsoas e medialmente pelo músculo reto abdominal".

Bem, na barriga da gente, bem perto da virilha, dentro da parede abdominal, cercado por vários músculos e irrigada por várias artérias, acontece o rompimento do músculo que causa dor e incomoda.
A operação pode ser feita por corte ou por incisões, essa pela técnica da laparoscopia. Hoje se usa uma tela que é costurada aos músculos ao invés de puxar e costurar os próprios músculos, o que causava até 20% de recidivas. Quer dizer, ficar com uma buraco ainda maior na barriga.
É uma das intervenções cirúrgicas mais comuns. Meu médico me disse que tem treinado bastante e faz a herniorrafia de olhos fechados. Tá brincando! 
  

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Matando uma charada.

A segunda porta que abre para a nave da igreja de Santa Cecília, em Volta Redonda, com duas bandas, nos mostra duas datas, 1671 – 1741. Perguntaram ao vigário, padre Flávio a que se referiam. Ele não soube dizer e passou a pesquisa para o pesquisador José Adal. Procurando na internet ele encontrou pistas.

Antes de tudo, porque essa segunda porta na igreja? Em um curso para acólitos, diz: “Muitas igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio. Isso quer dizer que quem vem de fora não entra logo na igreja. Noutras, este átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira ou de outra, é bom que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa ou quando saem da igreja possam, no caso de estar a chover ou de fazer muito calor, falar aí umas com as outras. Quando o átrio é depois da porta principal, existe um guarda-vento, que faz mais do que guardar o vento, porque também guarda do frio, do barulho da rua, e evita que os cãezinhos que acompanham os donos entrem na igreja, que não é lugar para eles. Quando a igreja tem guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra diretamente na igreja.

Agora vamos examinar a questão. É preciso dizer primeiro que nos vitrais deste guarda-vento aparecem imagens da igreja do Outeiro da Glória, no Rio de Janeiro. O pesquisador começou procurando informações sobre a irmandade que mandou construir a igreja centenária. 

Encontrou esta referência numa obra do historiador Bruno da Silva Antunes de Cerqueira, Outeiro da Glória - Brevíssima História: “A única certeza, para todos os pesquisadores da história da IINSGO [Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro], é que em 1671 o multifacetário Antônio de Caminha — carioca, segundo os registros de batizado disponibilizados no Colégio Brasileiro de Genealogia, e confirmados pelo Livro de Batizados da Cúria Arquiepiscopal de São Sebastião do Rio de Janeiro, mas tido e havido por português de Aveiro, para diversas fontes —, proprietário e artífice no Rio de Janeiro setecentista, esculpiu a primitiva imagem de Nossa Senhora da Glória para veneração na ermida, como narra Rosa Maria Dias da Silva: ‘Escultor, santeiro e mestre de obras, o ermitão, com seu próprio esforço, construiu mais tarde, em madeira e barro, uma rústica capela dedicada à Virgem. Homem habilidoso, sem vaidade, andava simplesmente com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Era abastado e possuidor de muitos terrenos (...).
Quanto a outra data o mesmo documento chega bem perto: “Os romeiros e devotos da Senhora da Glória do Outeiro ganham forte impulso oficial quando escrevem ao 4º Bispo do Rio de Janeiro, D. Frei Antônio de Guadalupe em 09 de julho de 1739, pedindo-lhe permissão para erigirem uma Irmandade que preste culto digno e conforme a Nossa Senhora da Glória. Não deve se espantar o leitor com essas informações. Os documentos coloniais são dessa forma. A irmandade já existia, mas requeria-se ao novo bispo uma permissão oficial e toda especial para que ela existisse, de pleno direito. E assim foi feito: a 10 de outubro de 1740, D. Frei Antônio de Guadalupe concede a licença eclesiástica e a 07 de janeiro de 1740 aprova o Compromisso. A placa alusiva a essa gloriosa aurora está na parte traseira de nossa igreja, como se vê na fotografia disposta no livro”.

http://outeirodagloria.org.br/historia/historia-irmandade-cerqueira/

Porque a CSN comprou este lindo guarda-vento que ficaria mais de acordo lá, no Rio, no Outeiro da Glória, na bela igreja, não sei dizer, ainda.

domingo, 27 de novembro de 2016

É UMA APOLOGIA ÀS DROGAS?

“Escrevi tudo isso naquele caderno branco que meu professor de inglês me deu há tantos anos. Essas epístolas, datadas e assinadas em letra cuidadosa, se alternavam com acessos infelizes em que escrevia com letras muito grandes ocupando toda a página, EU ODEIO TODO MUNDO ou QUERIA ESTAR MORTO. Daí, eram entremeadas com letras mau escritas: faz três dias que não vou a escola, sou quase um zumbi, ficamos tão chapados ontem à noite que meio que apaguei, jogamos um jogo de computador, jantamos sucrilhos e pastilhas de hortelã”.
É um garoto de 15 anos que começou a usar drogas com um colega. Roubavam para arranjar dinheiro ou o pegava na carteira do pai. Estou terminando o livro O PINTASSILGO e as descrições do uso de drogas é alucinante. O rapaz é de boa família, faz faculdade e consegue abandonar o vício. O outro se perde no mundo do crime, mas não morre. Então, a escritora Donna Tartt diz o seguinte (p. 710):
“Mas aí está o que eu realmente queria que alguém me explicasse. E se alguém por acaso tem um coração não confiável? Que por seus próprios motivos insondáveis afasta a pessoa, de uma boa saúde e vida doméstica, da responsabilidade cidadã e de todas as virtudes? Se seu eu mais profundo está te atraindo direto para a fogueira, o melhor é se afastar? Pôr-se no rumo que vai te levar a norma, aos relacionamentos estáveis e a progressão na carreira? Ou o melhor é se jogar de cabeça, rindo da fúria e gritando por ela?”

É o que se chama a apologia às drogas ou é um questionamento profundo do ser humano, na luta por sua alma? 

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

PARE DE CORRER

Desde que me entendo - e aí passaram 65 anos - vivi num mundo bem tranquilo, em que o tempo passava devagar, e neste nosso que tudo acontece rapidamente. Estou lendo um livro que herdei de meu pai, Cascalho, falando das zonas de garimpo, e na p.152 li sobre um tempo bem diferente de agora:
"Os dias de correio eram grandes dias. Representava uma evasão da rotina. Com cartas da família chegavam jornais. Havia correio uma vez por semana, aos sábados. As malas postais vinham pela estrada de ferro até um cidade maior e depois, por 14 léguas [cada légua equivale a 4.828m], 65km, em lombo de burro. Quando os animais atravessavam a praça com suas cargas postais, havia uma agitação.
O promotor mandou um funcionário à agência dos correios e sentou-se para ler. Mas não conseguia deter a atenção nas páginas. Seus pensamentos estavam longe: Como estaria sua mãe e irmãs? Será que o dinheiro que lhes mandou deu para as despesas? E como andaria seu partido político, o Liberal? E a campanha para as próximas eleições, como estavam transcorrendo? E desse modo não conseguia ler, toda hora prestando atenção ao barulho de cascos na praça: seria o correio?"

Há pouco peguei na minha caixa do correio uma propaganda para uma internet mais rápida. Hoje, sabe-se o que está se passando do outro lado do mundo. E são informações sobre tudo. Tudo rapidamente, na correria.
Faz-me lembrar uma previsão de Jesus (Mateus 24:26, 27): "Portanto, se vos disserem: ‘Eis que Ele está no deserto!’- não saiais. Ou ainda: ‘Ele está ali mesmo, nos cômodos de uma casa!’- não acrediteis. Pois, da mesma maneira como o relâmpago parte do oriente e brilha até no ocidente, assim também se dará a vinda do Filho do homem".
Parece que Jesus fala de informações na velocidade de um relâmpago: Ele está ali, Ele está no deserto, Ele está...
O conselho dele foi: Não acredite, não vá atrás de tudo que ouve.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

COMO DEVIA SER E ACABA NÃO SENDO

"Há na multidão que povoa um país, quatro categorias:
todos os habitantes;
os adultos com direito a voto;
os homens e mulheres que tem consciência dos seus deveres e direitos e lutam por eles;
e aqueles, investidos de cultura intelectual e moral, com espírito elevado e que são capazes de sobrepor aos seus interesses próprios ou partidários, o destino de dirigir a multidão".
O poeta Olavo Bilac no livro A Defesa Nacional, de 1916.

- Zé, então ele não conheceu o Lula e essa porcalhada de políticos!